A banda punk californiana batizada com uma gíria sobre consumo de maconha (no Dia Verde, ele é liberado), o Green Day soube fugir da imagem de três adolescentes problemáticos sem muito o que dizer. O discurso hoje é bem mais politizado e o humor um tanto mais refinado, como American Idiot (2004) e 21st Century Breakdown (2009).

Mas nem só isso mudou. Por mais que os palcos tenham crescido ao longo destes 20 anos de estrada, a relação com os fãs nunca esteve tão íntima. Conforme a revista Billboard Brasil, a mulher de Billie – Adrienne Nesser, com a qual é casado desde 1994 – já chegou a jogar no Google “Billie Joe Armstrong bissexual” para ver que bicho iria dar. Encontrou páginas e páginas de fotos de seu marido tascando a língua na boca de fãs durante shows.

Ou seja, ficar nas proximidades do palco pode ser uma boa para quem não vê a banda no Brasil há mais de 12 anos e uma chance melhor ainda para corajosos que querem lascar aquele beijo no seu ídolo. O grupo vai sair distribuindo carinho em quatro cidades: Porto Alegre (13, Gigantinho), Rio de Janeiro (15, HSBC Arena), Brasília (17, Ginásio Nilson Nelson) e São Paulo (20, Arena Anhembi).

Mas Billie faz questão de tranquilizar Adrienne. Volta e meia, afirma que nunca esteve com uma groupie em toda sua vida e que se alguma garota chegar a menos de um metro dele, a mulher bota para correr na hora. Até a declaração dada à revista gay The Advocate há 16 anos, dizendo-se bissexual, foi retificada recentemente: hoje ele diz não ter certeza se de fato gosta de meninos e meninas.

– Sempre existiram pessoas que não aceitaram isso, que eram homofóbicas. Há diferentes cantores punk, de um cara chamado Cretin Chaos do Social Unrest a sujeitos como o Morrissey. Além de caras como Bowie ou Mike Ness do Social Distortion, que usavam maquiagem. Eu gosto de música que não tenha gênero especificado, como aquela do Replacements chamada Androgynous – disse em entrevista à revista americana Out.

Saiba tudo sobre a vinda do Green Day na Billboard Brasil de setembro!