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 | 26/07/2010 11h02min

Bailarinos do Bolshoi e solistas russos apresentam “Giselle” na Noite de Gala

Coreografia é atração desta segunda no 28º Festival de Dança de Joinville

Rafaela Mazzaro  |  rafaela.mazzaro@an.com.br

Um balé de mocinhos, vilões e fantasmas. Estes ingredientes para um drama romântico atemporal continuam infalíveis na obra imortal do francês Theóphile Gautier. Apesar de escrito no século 19, Giselle ainda emociona as gerações de públicos ao falar de uma história de amor envolta em loucura e mistérios.

Protagonizada por bailarinos da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil e pelos solistas Marianna Ryzhkina e Andrei Uvarov, de Moscou, esta é a atração da Noite de Gala do 28º Festival de Dança. O espetáculo, que teve sua estreia durante as comemorações dos dez anos da filial russa, retorna ao palco do Centreventos Cau Hansen nesta segunda, às 20 horas.

O balé, que marca o romantismo na dança, tem a camponesa Giselle no papel principal. Ingênua e sensível, a moça do campo vive uma encantadora história de amor ao lado de Albrecht, um nobre que usa o disfarce de camponês para frequentar o vilarejo. No entanto, entre o casal há outros personagens fundamentais para compor o mise-en-scene romântico do primeiro ato e a reviravolta do segundo.

O caçador Hilarion, por exemplo, é a ponte principal para que Giselle descubra a farsa de seu amado e tenha um ataque do coração. Como muitos devem achá-lo um dos maiores vilões da trama, o bailarino Erick Swolkin, que interpreta o jovem apaixonado, logo trata de defendê-lo.

— Hilarion era quem realmente amava Giselle, já o Albrecht estava só de molecagem —, diz. S

obre a atitude de contar a verdade para a moça, mesmo sabendo que ela sofria de problemas cardíacos, o intérprete explica que a paixão fez com que o personagem perdesse a cabeça, principalmente por ter sido trocado por um impostor.

— Por ser um caçador simples e bruto, Hilarion agiu por impulso. Acho que foi esta personalidade que também contribuiu para que Giselle não o amasse —, analisa.

A fragilidade da personagem-título vem à tona a partir da presença da mãe Berthe, interpretada pela professora Larissa Araújo. Sempre zelosa com a saúde da filha, ela dá os primeiros indícios do que sucede à protagonista.

— Berthe quer que Giselle se resguarde, mas é imparcial nas escolhas amorosas da filha —, conta Larissa.

No segundo ato, quando uma névoa cobre o palco que se transforma em um cemitério, quem reina é Myrtha, uma fantasma líder de outras almas de jovens que, como Giselle, foram enganadas pelos pretendentes antes do casamento. Na pele da bailarina Stephanine Ricciardi, a chefe das willis é má, mas com plena razão, segundo a intérprete.

— Na verdade, ela defende as meninas mortas dos amados que teimam visitar seus túmulos —, explica.

Mas ao usar todo o seu poder para matar Albrecht, Myrtha é vencida pelo amor de Giselle.

Com músicas do compositor de ópera Adolphe Adam, o espetáculo passou por algumas adaptações até a montagem de Sergei Diaghilev, em 1910. Durante a obra, que reúne todas as aspirações técnicas e dramáticas da dança, 80 bailarinos interpretam a história de amor trágica entre Giselle e o nobre, na versão do coreógrafo Vladimir Vasiliev.

A trama desenvolvida em torno de uma personagem feminina e a aparição de seres sobrenaturais são uma das características do romantismo mais representativas.

AN.COM.BR
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