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 | 30/01/2008 06h10min

Portugueses apresentam proposta para Arena do Grêmio

Grupo luso TBZ-OAS sugere demolir o Olímpico para erguer novo estádio

Leandro Behs

Fevereiro será um mês histórico para o Grêmio. Entre os dias 11 e 20, o Conselho Deliberativo será convocado para escolher o local de construção da Arena. Hoje, o clube receberá a proposta definitiva do consórcio português TBZ-OAS – que sugere demolir o Olímpico e erguer o novo estádio na Azenha. A oferta final da Construtora Norberto Odebrecht – com a obra no bairro Humaitá – já foi entregue na semana passada. A previsão do clube é que a Arena esteja concluída em janeiro de 2012.

Após diversas análises de ambas as propostas, o grupo de estudos do projeto (composto pelo presidente do Grêmio, Paulo Odone, pelo diretor de planejamento do clube, Eduardo Antonini, além dos conselheiros Antônio Britto, Jorge Gerdau Johannpeter e Alexandre Grendene) exigiu dos consórcios melhores condições para o clube – como garantias de construção, prazos e um maior percentual de participação do clube nos primeiros 20 anos de exploração da Arena. O que foi feito.

Entre os conselheiros do Grêmio, a oferta da Odebrecht é a favorita. Após a escolha do local da Arena, o contrato deverá ser assinado até maio. Depois, serão necessários pelo menos nove meses até que o Município e o Governo do Estado emitam autorizações definitivas para a construção. Neste intervalo, será criada a Grêmio Empreendimentos – empresa do próprio clube, que gerenciará a Arena e da qual Paulo Odone dificilmente será presidente.

A proposta da Odebrecht prevê a divisão de lucros em 50% para a empreiteira e 50% para o clube nos lucros da Arena pelos primeiros 20 anos: bilheteria, aluguel de espaços, shows, estacionamento, entre outras formas de arrecadação. Depois deste prazo, a Grêmio Empreendimentos ficará com 100% da administração do complexo.

A obra terá um custo total de R$ 300 milhões, sendo R$ 190 milhões financiados pela Odebrecht. O pagamento será através das primeiras receitas da Arena. Dos R$ 110 milhões restantes, metade sairá da venda do Olímpico – já há um investidor interessado no estádio, que seguirá sendo utilizado pelo Grêmio durante os três anos de construção da Arena – e os demais R$ 55 milhões serão investidos pela própria empreiteira. A Odebrecht já acertou a compra do terreno da Habitasul – junto à Avenida Castelo Branco, no bairro Humaitá – por R$ 40 milhões.

Já o projeto da TBZ-OAS – consórcio que administra os estádios do Benfica, do Porto e do Real Madrid –, prevê a demolição do Olímpico. A obra levará três anos para ser concluída. O consórcio construirá um estádio para 14 mil pessoas em Eldorado do Sul. A obra terá um custo de R$ 280 milhões, e a TBZ-OAS assumirá o financiamento junto ao banco português Efisa. Nos primeiros 20 anos, os lucros da Arena serão 65% para o Grêmio e 35% para o consórcio.
 
Ambos os projetos prevêem estádio coberto, para 50 mil torcedores sentados em cadeiras e três andares de arquibancadas, além de estacionamentos, shoppings, centro de convenções e hotéis. O modelo é o Emirates Stadium, em Londres, de propriedade do Arsenal, erguido pela companhia aérea Fly Emirates, estatal dos Emirados Árabes. O Grêmio ainda venderá o nome da Arena para uma multinacional, por R$ 5 milhões ao ano. O ingresso mais barato ficará entre R$ 25 e R$ 30. Uma área VIP, a ser construída no segundo anel do estádio, responderá por 50% da bilheteria.
 
– Ambos os projetos são viáveis. O clube manterá a sua autonomia no futebol e em receitas advindas da marca Grêmio, da venda de jogadores, receitas de TV e patrocinadores – disse o diretor de planejamento gremista, Eduardo Antonini. – A Arena é o futuro do Grêmio.

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