| 23/12/2007 06h37min
A espera pela libertação de três reféns das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que pode acontecer no Brasil, continua neste domingo, com a maioria dos colombianos acreditando que o grupo guerrilheiro vai cumprir a sua pronessa. Os libertados podem ser Clara Rojas, ex-candidata a vice-presidente, seu filho Emmanuel, nascido em cativeiro, e a ex-congressista Consuelo González de Perdomo. 
As duas políticas estão em poder das Farc desde 2002. O menino é filho de Clara e de um guerrilheiro, e tem cerca de três anos. 
Entre os parentes dos três, há confiança de que as Farc cumprirão o anúncio, apesar de o presidente venezuelano, Hugo Chávez, ter alertado em Cuba que há setores do governo colombiano que não querem a libertação dos seqüestrados. No entanto, Chávez também afirmou que já tem uma fórmula para receber os três reféns. Ele esclareceu que será "uma operação delicada". 
A senadora de oposição colombiana Piedad Córdoba disse em 
Caracas, neste sábado, que espera uma 
"senha" de Chávez sobre a anunciada libertação. Ela e o governante venezuelano atuavam como mediadores na negociação de um acordo humanitário entre as Farc e o governo colombiano, suspensa pelo presidente Álvaro Uribe 
Em declarações a jornalistas, a ex-mediadora também opinou que as operações do Exército colombiano podem adiar a liberdade de Clara Rojas, Emmanuel e Consuelo Perdomo. Na quarta-feira, os rebeldes afirmaram que as três pessoas recuperariam sua liberdade, num ato de "desagravo" a Chávez. 
Pessoas próximas à família de Clara disseram a jornalistas que esperam a libertação na noite de Natal. Patricia Helena e María Fernando, filhas de Consuelo González, prepararam um sítio perto do município de Pitalito, no sul do país, para receber a sua mãe. 
Segundo o jornal El Tiempo, o de maior tiragem da Colômbia, fontes ligadas à Chancelaria venezuelana afirmaram que o lugar escolhido para a entrega dos três reféns estaria em algum ponto do Estado 
do Amazonas, na Venezuela. A data 
seria 23 ou 24 de dezembro. 
A imprensa colombiana e venezuelana especula a possibilidade de que os três reféns já estejam na Venezuela. Eles teriam atravessado a fronteira numa região de pouca presença militar, no departamento colombiano de Arauca. 
Também já poderiam estar na Venezuela a ex-candidata presidencial Ingrid Betancourt, o ex-congressista Luis Eladio Pérez e os americanos Keith Stansell, Thomas Howes e Marc Gonsalves. Mas o vice-presidente venezuelano, Jorge Rodríguez, desmentiu este boato. 
As Farc têm em seu poder 42 políticos, soldados e policiais colombianos, além de três americanos. A intenção do grupo é trocar os reféns por cerca de 500 guerrilheiros presos. 
 
							
							
								Miriam de Moreno, mãe de Juan Camilo Moreno, lê mensagem durante vigília em Bogotá por libertação de reféns das Farc
								
									Foto: 
									Guillermo Legaria, EFE
									
									
								
							
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