O que seria do Palmeiras sem Diego Souza? Principal jogador de Wanderley Luxemburgo no returno do Brasileirão, o meia foi absolvido no julgamento de terça-feira no STJD. Escapou de um gancho de dois jogos, o que poderia comprometer a campanha do grande rival do Grêmio ao título a 11 rodadas do final.

Diego é o dono do time do Palmeiras. Desde a saída do chileno Valdívia para o Al-Ain, dos Emirados Árabes, em meados de agosto, a equipe modificou a sua maneira de atuar justamente para que Diego se transformasse em seu principal jogador. É o vice-goleador do time paulista, com seis gols.

Além disso, Diego Souza foi responsável direto por pelo menos 13 pontos do Palmeiras, na caça ao Grêmio.

— Caso o Diego fosse suspenso por dois jogos (contra Atlético-MG e Figueirense), a campanha do Palmeiras estaria comprometida. Ele é o responsável pela arrancada do time no returno — analisou o comentarista Mauro Beting.

O Grêmio reclamou da decisão do Tribunal. O vice de futebol, André Krieger, alega “desequilíbrio” nos julgamentos de jogadores de Palmeiras e Grêmio. Lembrou que, assim como Diego Souza, o atacante reserva André Luís não havia sido expulso e, depois, por meio de prova de vídeo, acabou punido por dois jogos:

 O André Luís era primário e, mesmo assim foi punido. O Diego era reincidente e teve intenção de atingir o adversário. Os antecedentes envolvendo Inter e Corinthians (o Brasileirão de 2005, que teve 11 jogos anulados pelo STJD e acabou com o título nas mãos do clube paulista) podem levar a concluir algum benefício ao Palmeiras neste momento.

Unida, a dupla Gre-Nal tenta colocar ao menos um auditor gaúcho entre os 20 que compõem as quatro comissões do STJD, o que poderá ocorrer em 2009. As comissões são compostas quase na totalidade por paulistas e cariocas. O último auditor gaúcho foi o ex-presidente do Inter Paulo Rogério Amoretty, morto em 2007.