| 04/09/2008 18h58min
O Brasil encerrará 2008 com crescimento de 4,8% na economia, acima da média de 4,6% projetada para a América Latina, mas abaixo da previsão de 6,4% para os países em desenvolvimento. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira pela Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (Unctad). 
Segundo o Relatório para Comércio e Desenvolvimento (TDA, na sigla em inglês), a desaceleração econômica provocada pela crise no mercado imobiliário americano acarretou descompasso entre o crescimento dos países emergentes e das nações desenvolvidas. 
De acordo com o documento, o Produto Interno Bruto (PIB) dos países ricos se expandirá 1,6% neste ano, quatro vezes menos que os países emergentes. 
Na avaliação da Unctad, os países em desenvolvimento, de forma geral, foram pouco afetados pelo desaquecimento econômico global no primeiro semestre. 
O organismo internacional, no entanto, questionou se essa resistência continuará nos 
próximos meses. 
"A incerteza e a 
instabilidade nos mercados financeiros, cambiais e de commodities (produtos primários com cotação internacional), somadas às dúvidas sobre a direção da política monetária nos principais países desenvolvidos estão contribuindo para um panorama sombrio para a economia mundial, com riscos consideráveis para os países em desenvolvimento", concluiu o relatório. 
Queda na economia mundial 
Em 2008, destacou o TDA, a economia mundial crescerá 3%, queda de um ponto percentual em relação a 2007. Para o próximo ano, a estimativa é ainda pior. A Unctad prevê que o crescimento mundial poderá cair ainda mais. 
Nesse cenário, avaliou o documento, os países em desenvolvimento podem ficar vulneráveis caso o preço das commodities continue a cair. 
A entidade sugeriu que esses países aproveitem os recursos extras obtidos com a alta dos minérios e dos alimentos para investir em infra-estrutura e em novas cadeias 
produtivas, diversificando a economia. 
"Os economistas da 
Unctad, enunciando um tema recorrente, aconselham que a maior diversificação e o desenvolvimento industrial é a melhor estratégia de longo prazo para reduzir a vulnerabilidade ao choque de preços das commodities", ressaltou o documento. 
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