| 23/06/2008 23h49min
Pressionada pela Operação João de Barro, da Polícia Federal, que identificou fraudes em obras do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), a Casa Civil pediu nesta segunda-feira auditorias em todos os contratos de repasse de dinheiro federal para os municípios suspeitos de irregularidades. 
A ministra Dilma Rousseff é a gerente do PAC. Segundo a CGU, o trabalho da força-tarefa, composta por auditores e técnicos da Caixa Econômica Federal (CEF), órgão repassador do dinheiro, se concentrará na análise de 268 contratos de obras de habitação e saneamento incluídos no PAC, totalizando R$ 2,036 bilhões. 
Os contratos, de acordo com a CGU, se encontram em diferentes estágios de execução, alguns com obras já em andamento, mas a maioria com as obras ainda a serem licitadas. 
De acordo com nota da Controladoria, a força-tarefa vai examinar a adequação técnica e de preços dos projetos, passar um pente fino nos processos licitatórios, e, no caso dos que já 
tiveram recursos liberados, verificar o 
andamento e a qualidade das obras. 
No front legislativo, o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse hoje que não há elementos suficientes para a Corregedoria investigar os deputados mineiros João Magalhães (PMDB) e Adelmir Camilo (PDT). 
— Até o presente momento não há elementos para levar o assunto à investigação na Corregedoria Geral da Câmara — afirmou Chinaglia. 
Os dois parlamentares agiriam para facilitar a liberação de verba do orçamento para as obras. Magalhães e Adelmir tiveram seus gabinetes examinados na última sexta-feira por policiais federais. 
Documentos e computadores foram recolhidos dos gabinetes. Mas os dois deputados afirmam ser inocentes e negam envolvimento com as irregularidades. 
Ao lado da Polícia Federal, a CGU participa da Operação João de Barro, desde o seu início, em junho de 2007. Além de ajudar na decodificação das escutas telefônicas, a CGU fez, a partir delas, um 
roteiro das liberações de recursos federais para os municípios 
fiscalizados na operação. 
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