| 30/03/2008 17h07min
Ao contrário do que afirmou a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, neste sábado, em Curitiba (PR), o acórdão 230/2006, do Tribunal de Contas da União (TCU), não pedia que o registro eletrônico das despesas com cartões de crédito corporativos colhesse informações retroativas ao governo FH. É o que informa o colunista da Folha de S.Paulo Josias de Souza, em seu blog. 
O documento do TCU foi mencionado pela ministra. Durante entrevista a jornalistas, Dilma reafirmou que a secretária-executiva de seu ministério, Erenice Alves Guerra, não organizou um dossiê, mas sim um banco de dados chamado Suprim (Sistema de Controle de Suprimento de Fundos). 
O sistema, que registra os gastos realizados com cartões corporativos e com verbas para suprimento de pequenas despesas da presidência da República, começou a ser alimentado em 2005, de acordo com a ministra, por recomendação do TCU. Dilma disse que no ano seguinte, por meio do acórdão 230, o tribunal teria pedido que os 
dados registrados no 
Suprim fossem retroativos a 2002. 
O acórdão tem data de fevereiro de 2006 e apresenta o resultado de auditoria feita nos cartões de crédito da presidência da República desde que começaram a ser usados, em setembro de 2002 - ainda no governo FH - até julho de 2005. 
Segundo Josias de Souza, não há no documento menção ao levantamento de dados retroativos à gestão FH. "A alimentação do sistema é descentralizada, iniciando-se pelo próprio portador do cartão e complementado com informações específicas pelos setores competentes da Secretaria de Administração (da Casa Civil)", teria divulgado a equipe de auditores do TCU em um relatório. Seria mencionada coleta retroativa de dados, mas ao primeiro ano da gestão Lula. 
"Relativamente a 2003, os processos estavam sendo primeiramente desmembrados por portador, para que, então, pudessem ser lançados segundo o padrão adotado pelo sistema", informaria também o relatório do TCU. 
Tanto a criação 
do Suprim quanto o levantamento de dados 
relativos à época da administração FH teriam sido deliberados pela Casa Civil. 
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