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A ocupação dos hotéis catarinenses no feriadão de Finados ficou em 70% no Litoral e até 85% nas cidades com hotéis-fazendas e águas termais. À exceção de Balneário Camboriú, que teve um resultado acima da média esperada em Santa Catarina, o desempenho deste ano deve ficar um pouco abaixo do registrado na mesma data em 2009 — os números finais serão fechados apenas nesta quarta-feira.

Todos os elementos favoráveis ao setor de turismo se conjugaram neste feriadão: clima quente, sol, uma extensa programação de festas e o show da banda Black Eyed Peas em Florianópolis. Os números só não foram melhores por causa das eleições de domingo, afirmam representantes do trade turístico de Florianópolis e de Balneário Camboriú.

O presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Santa Catarina (Abrasel-SC), Fábio Queiroz, destacou que o tempo bom propiciou praias cheias com um bom movimento no comércio no Centro da Capital na segunda-feira.

O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Santa Catarina (ABIH/SC), João Eduardo Amaral Moritz, concorda com o efeito negativo procovado pelas eleições. Para ele, a promoção de festas e shows equilibrou um pouco a equação.

— Um diferencial deste feriadão foi a presença de muita gente da terceira idade nas cidades com hotéis-fazendas, águas termais, em Balneário e em Florianópolis — observa.

Ele destaca que esta tendência de turismo, comum em países europeus, começa a ser cada vez mais notada em Santa Catarina. Pelas projeções do segmento hoteleiro, a taxa de ocupação no feriado foi de 60% na Capital e de até 95% em Balneário Camboriú.

— Tivemos os hotéis praticamente lotados, embora a cidade não. Isso devido ao segundo turno das eleições, que impediu que os turistas de mais longe viessem para cá — comenta Karina Peters, presidente do sindicato do setor em Balneário Camboriú.

O principal perfil de turistas na cidade foi o do público jovem, vindo de outros municípios catarinenses e do Paraná. Em menor número, vieram gaúchos paulistas e cariocas.

Os cariocas, aliás, têm aumentado a presença em Balneário gradativamente, segundo Karina, atraídos especialmente pela programação de festas e a agitada vida noturna local.

No quadro geral, nos feriados ocorridos neste segundo semestre, a cidade registrou um aumento de 10% no movimento dos hotéis em relação aos números do ano passado.

Casas badaladas ficaram lotadas

Algumas das principais casas noturnas do Estado registraram lotação máxima neste feriado prolongado. El Divino e Parador P12, em Jurerê Internacional, a Green Valley, em Balneário Camboriú, e o Galera's Beach Bar, em Itajaí, tiveram públicos de até 3 mil pessoas nas festas promovidas entre sábado e segunda-feira.

A programação do El Divino nas festas de sábado e segunda à noite reuniu em torno de 1,5 mil. No P12, foram 3 mil pessoas que curtiram a balada em pleno domingo à tarde. O feriadão ajudou a aumentar o movimento nos dois clubes. O P12, em particular, com programação voltada especialmente para os turistas, chega a dobrar o seu público nestas datas.

A expectativa dos maiores clubes e casas noturnas catarinenses é de público cada vez maior até a chegada do Ano-Novo, quando o movimento de turistas atinge o auge.

Os ingressos para o Réveillon já começaram a ser vendidos pela internet. O P12 espera comercializar até 80% deles por esse meio.

As projeções para o próximo feriado, no dia 15, são ainda melhores entre as associações de hotéis, bares e restaurantes. Karina Peters acredita que os hotéis de Balneário Camboriú registrarão lotação máxima ou bem próxima disso.

— Estaremos mais próximos do Natal e com um clima ainda mais quente, o que favorece para que tenhamos uma boa movimentação — afirma.

Outro fator que deve contribuir para que o feriado do dia 15 seja melhor do que em 2009 é que ele ocorrerá em uma segunda-feira — no ano passado, caiu em um domingo.

— Segunda é o melhor até do que a sexta-feira, porque muitos trabalham no sábado de manhã. Sem contar que uma sequência de bons resultados nestas datas sempre favorece o feriado seguinte — comenta Fábio Queiroz.