| 05/02/2011 13h43min
O Comando Ambiental da Brigada Militar no Litoral registrou 50 casos de poluição sonora desde o início do ano nas praias gaúchas. Todos envolviam automóveis com equipamentos de áudio e vídeo que desrespeitavam o volume máximo permitido.
Os flagrantes são feitos após denúncia de pessoas que se sentem incomodadas.A maioria dos casos no Litoral Norte ocorreu em Tramandaí, Imbé e Atlândida. No Litoral Sul, é no Cassino o maior problema.
Veranista da praia de Mariluz, em Imbé, seu Edson, 71 anos, conta que nos últimos dois anos já fez cerca de vinte reclamações à Brigada Millitar. Ele já perdeu o sono algumas vezes.
— Tem épocas que vai até três, quatro horas da manhã.
Para o veranista de Capão da Canoa Paulo Santos, a temporada é tão curta que precisa ser aproveitada e é dever das autoridades encontrar uma solução para a polêmica.
— Eu não sou a favor que perturbem o silêncio dos outros, mas sou a favor que tenha um espaço para o jovem escutar um som.
Mesmo apaixonado por música alta, o presidente do Clube de Som Automotivo do Estado, Ivo Matos, é contra quem comete esse tipo de irregularidade.
— O pessoal é apaixonado por som e acha que pode escutar em qualquer lugar, mas não pode.
Segundo ele, o gasto para deixar o som potente pode chegar a cem mil reais. Em boa parte dos casos, a aparelhagem é bem mais cara que o próprio veículo. Quem descumpre as normas do Conselho Nacional de Trânsito é multado em R$ 127, recebe cinco pontos na carteira de habilitação e tem o veículo retido até a regularização.