Internet | 23/12/2008 09h
Em entrevista ao site Computer World, dos Estados Unidos, o CEO da fundação Mozilla John Lilly, mantenedora de aplicativos open source, sendo o mais famoso deles o browser Firefox, reconheceu que desde o lançamento do navegador de internet da Google, as relações entre a organização e a empresa estão diferentes.
– Temos mantido um relacionamento bom e razoável. Mas eu estaria mentindo se disse-se que as coisas não ficaram mais complicadas do que eram – disse Lilly.
Segundo a Computer World, parte do orçamento da fundação Mozilla vem da parceria do Google como ferramenta padrão de buscas no Firefox (que pela primeira vez abocanhou mais de 20% de mercado em novembro deste ano), entre outros acordos.
Foram US$ 60 milhões vindos do buscador em 2007, 88% da receita da Mozilla.
O cenário mudou quando, em setembro, o Google apresentou seu próprio browser, o Chrome, colocado em competição direta com Firefox, Internet Explorer (Microsoft), Safari (Apple) e Opera (Opera Software).
Na semana passada o Chrome deixou a fase beta. Um dia depois do anúncio, o Firefox deixou de ser o browser default no pacote de aplicações Google Pack. Conforme Lilly, a relação Mozilla-Google pode parecer abalada para terceiros, mas não está tão ruim quanto parece.
– A web é de interesse para todos nós, e eu acho que o Google faz o melhor que pode para colaborar. Mas eles estão aí para fazer o melhor negócio possível para eles – declarou.
Segundo Lilly, as empresa cooperam em certas áreas e competem em outras, e a cooperação entre Mozilla e Google se dá pela crença na pesquisa como um ponto fundamental para a internet.
– Nossa meta é defender a rede por 50 ou até 100 anos, e nós sabemos que não podemos depender do apoio de apenas uma empresa – disse Lilly.
Já projetando uma vida sem Google, a fundação planeja explorar outras formas de lucro com as pesquisas, firmando parcerias com outros buscadores mais focados, que sejam mais fortes que o Google em certos mercados específicos.
Outra alternativa seria o mercado de browsers para telefones móveis:
– O ano que vem (2009) ser importante para a mobilidade. Nós gostaríamos de fazer a internet móvel mais rápida, mais como a web e menos como o mundo da mobilidade.
Independente das parcerias com o Google, a fundação está disposta a competir e colaborar como quer que seja.
– Nós colaboramos com o Google, conversamos com eles, e nós temos um relacionamento bom e razoável. Mas nós vamos competir.
CEO da fundação defende que a competição pode ser benéfica para o aperfeiçoamento da web
Foto:
Divulgação, Mozilla
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