| 03/03/2008 18h23min
O senador e ex-presidente da República José Sarney (PMDB-AP) defendeu nesta segunda-feira, em discurso no plenário do Senado, uma ação diplomática do governo brasileiro para evitar que os conflitos envolvendo Colômbia, Venezuela e Equador se generalizem para o resto da América do Sul. 
— O Brasil não pode lavar as mãos. Deve fazer o possível para solucionar o problema. A solução é de não intervenção, mas uma solução pacífica — afirmou Sarney. 
Ele mostrou que a Constituição brasileira, em seu artigo 4º, prega a não intervenção em outros países e a solução pacífica. 
— O uso da força não leva a bons resultados — comentou. 
Sarney, que nos últimos dois anos tem ocupado a tribuna para alertar sobre os riscos do militarismo do presidente venezuelano, Hugo Chávez, listou vários tipos de armas adquiridas pela Venezuela nos últimos anos, envolvendo um gasto de US$ 7 bilhões: 
— Segundo a tradição brasileira, nós não 
admitimos no continente uma solução de apelo à força. A solução 
é de responsabilidade do continente sul-americano. 
O líder do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), disse que o Brasil não pode tomar posição em favor do Equador e Venezuela, mas sim em relação à Colômbia. O líder do DEM, José Agripino (RN), pediu uma imediata convocação da OEA para intermediar uma negociação. Para Sarney, essa é a melhor solução a ser buscada pelos países do continente sul-americano. 
 
							
							
								Sarney: "O Brasil não pode lavar as mãos. Deve fazer o possível para solucionar o problema. A solução é de não intervenção, mas uma solução pacífica" 
								
									Foto: 
									Célio Azevedo, Senado 
									
									
								
							
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