| 22/02/2008 14h39min
Familiares dos reféns das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) manifestaram nesta sexta-feira preocupação com o anúncio de que o Exército colombiano conhece a localização de quatro reféns do grupo guerrilheiro. 
Ontem, o ministro da Defesa, Juan Manuel Santos, anunciou que os serviços secretos militares têm informações precisas sobre a localização de quatro ex-congressistas, três dos quais as Farc prometerem libertar em um comunicado divulgado em janeiro. 
Os familiares pediram que o Exército não conduza operações de resgate e suspenda as ações militares nessas regiões. O ministro afirmou que "a tropa tem instruções precisas de permitir que se efetue a libertação tão logo se inicie esse processo", mas assegurou que os soldados não estão próximos do cativeiro. 
— Não vamos nos aproximar. Não há nenhum perigo para os reféns — declarou o ministro. 
Os familiares do ex-senador Jorge Eduardo Gechem e dos ex-congressistas 
Orlando Beltrán Cuéllar, Glória Polando de Lozada e 
Luis Eládio Pérez declararam-se temerosos quanto à possibilidade de operações militares no departamento (Estado) de Guaviare, no sul da Colômbia. Eles estão em Caracas desde o início de fevereiro à espera da libertação prometida pelas Farc no fim de janeiro. 
A essa posição somou-se hoje o ex-marido de Ingrid Betancourt, Fabrice Delloye, segundo o qual "não somente a Colômbia, mas o mundo inteiro sabe muito bem que se houver um resgate pela força, é a morte anunciada de todos os reféns". 
De Paris, em entrevista à Rádio Caracol, Delloye disse ainda que: 
— É evidente que o governo da Colômbia, que o Exército colombiano, está vencendo a guerra contra as Farc. Então esse é o momento ideal para negociar o lado humanitário, para permitir a saída de todos os reféns. 
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