| 08/01/2008 05h10min
Perto das caras novas do grupo, ele passa por veterano, apesar de ter completado 25 anos em setembro passado. E não somente por ter se criado no Grêmio, ambiente que conhece desde menino, levado pelo pai, Catarina, um aplicado ponteiro-direito na década de 70. 
Por força de sua liderança, que brota naturalmente, Eduardo Costa virou referência para todo um grupo visto ainda com desconfiança pela torcida. E ele não se furta em assumir o comando. Tanto que, sem a concorrência de Tcheco e William, aceitará ser o novo capitão do time, caso o técnico Vagner Mancini deseje. 
— Assumiria tranqüilamente. Eu era bem mais novo e fui capitão do Bordeaux em alguns jogos — informa o jogador. 
Os benefícios da passagem de seis anos pela Europa não se refletem apenas na forma de jogar. França e Espanha deram a Eduardo Costa não apenas o melhor domínio do ofício de volante, mas, também, a maturidade que lhe permite refletir e expressar com clareza sobre o papel do 
capitão. Acima de tudo, é preciso dar 
exemplo, resume o catarinense de Florianópolis, 1m86cm. 
Volante promete ser um líder 
sem excesso nas manifestações 
— É nos treinamentos, nos jogos, no modo de agir, em tudo, até fora de campo, que se demonstra as qualidades para ser capitão. Não adianta você querer chamar a atenção de um companheiro dentro de campo se não fez por merecer o respeito dele fora — entende Eduardo, que, com 18 anos, fez parte do time tetracampeão da Copa do Brasil, em 2001. 
Caso ganhe mesmo a braçadeira, será um líder sem excessos nas manifestações. Sua inspiração será o zagueiro que Mano Menezes recomendou como primeira contratação para tirar o Corinthians da segunda divisão. 
— William não era um cara de estar gritando dentro de campo. Foi o modo de agir que fez dele o capitão. Não é preciso estar xingando os companheiros — afirma. 
Escolhido ou não para ser o porta-voz do técnico dentro dos 
gramados, Eduardo Costa toma a frente na defesa dos jogadores recém-chegados. 
Considera "relativa" a falta que irão fazer os mais experientes, como Saja, William, Tcheco e Tuta. Baseia-se no fato de que os reforços chegam dispostos a repetir a trajetória vitoriosa de quem se foi. 
Também não o assusta uma eventual vantagem do Inter, que manteve a base dos dois últimos anos. 
— A história já provou que se pode esperar tudo do nosso time. Nunca devem achar que entramos derrotados. Na hora do vamos ver, costumamos reverter os prognósticos. Títulos se constroem a cada dia, a cada treinamento, a cada partida — ensina Eduardo Costa, com um discurso que o diferencia da maioria dos jogadores. 
 
							
							
								Apesar de jovem, o jogador foi capitão do Bordeaux quando jogou na França
								
									Foto: 
									Fernando Gomes, Banco de Dados - 07/09/2007
									
									
								
							
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