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Jovens judeus do mundo todo reuniram-se a sobreviventes do Holocausto nesta segunda, dia 19, em uma marcha pelo antigo campo de concentração de Auschwitz, para lembrar os milhões de judeus mortos durante a Segunda Guerra Mundial.
A manifestação reuniu cerca de sete mil pessoas, vindas de Israel e de 20 outros países, e percorreu os quase três quilômetros que separam Auschwitz das ruínas dos fornos crematórios, no vizinho campo de Birkenau. A Marcha dos Vivos ocorre todos os anos, em memória dos 6 milhões de judeus mortos no Holocausto – 1,5 milhão somente nas câmaras de gás de Auschwitz e Birkenau. Ela reúne a juventude judaica, poloneses e os sobreviventes.
– Estou tremendo... Ainda tenho medo de encostar na cerca de arame farpado – disse Eva Slonim, sobrevivente dos experimentos médicos levados a cabo em Auschwitz.
Ela viajou de Melbourne, na Austrália, para participar da marcha. O complexo de Auschwitz-Birkenau, no sul da Polônia, foi o maior campo de concentração montado pela Alemanha nazista, sob o comando de Adolf Hitler, durante a Segunda Guerra. O objetivo de Hitler era exterminar todos os judeus da Europa.
Os organizadores da caminhada, que marca o Dia do Holocausto, reforçaram a segurança por causa do recrudescimento da violência no Oriente Médio e pelo episódio recente da descoberta de um plano para explodir um museu judaico na Hungria.
Cerca de 500 poloneses se juntaram à manifestação, em um sinal de aproximação entre a Polônia e a comunidade judaica. As relações dos poloneses com os judeus estão abaladas há muito tempo, principalmente por causa das perseguições e dos massacres ocorridos depois da guerra, liderados por extremistas poloneses.
Antes de 1939, a comunidade judaica na Polônia era de 3,5 milhões de pessoas. Seis anos depois, ao fim da guerra, esse número se reduzira para 300 mil.
As informações são da agência Reuters.
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