| 27/11/2003 16h08min
O ministro da Justiça da Turquia, Cemil Cicek, declarou que chechenos e turcos ligados à rede Al-Qaeda ajudaram a preparar os atentados suicidas responsáveis pela morte de dezenas de pessoas em Istambul neste mês. A informação foi publicada pelo jornal turco Milliyet.
Cicek afirmou que os militantes envolvidos nos ataques a bomba da semana passada contra o consulado britânico e o banco HSBC escaparam por pouco de serem presos antes de realizarem a ação. Mas, uma hora antes de serem pegos, receberam um telefonema sobre a chegada da polícia e conseguiram escapar.
O governo turco afirmou que os ataques de quinta passada e os ataques contra duas sinagogas no sábado anterior haviam sido realizados por turcos, mas investiga uma suposta ligação deles com a Al-Qaeda.
– Agora conhecemos a identidade dos responsáveis pelos atentados terroristas e dos que os ajudaram e os incentivaram – declarou o ministro ao jornal Milliyet.
– As ligações deles com o exterior foram estabelecidas. Eles estiveram em campos de treinamento da Al-Qaeda. E há pessoas de origem chechena entre eles – disse.
Em Istambul vive um grande número de exilados chechenos, vistos no país como irmãos muçulmanos que lutam contra a opressão da Rússia. O governo russo criticou várias vezes a Turquia por tolerar o que considera ser a presença de terroristas chechenos em seu território.
Translado levou à Grã-Bretanha nesta quinta, dia 27, as vítimas britânicas do atentado. Foram enviados caixões enrolados na bandeira britânica, nos quais estão os corpos do cônsul-geral Roger Short e da assistente dele, Lisa Hallworth. Nos dois atentados realizados nesse dia, foram mortas 32 pessoas. Nos ataques contra as sinagogas, morreram mais 25.
As informações são da agência Reuters.
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