A cinco dias do início da Semana Farroupilha, a Sociedade Protetora dos Animais (Soama) apresenta pelo menos cinco denúncias de maus-tratos a animais em rodeios ocorridos em Caxias do Sul e Flores da Cunha. As denúncias tratam de supostos descumprimentos do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado pela 25ª Região Tradicionalista e o Ministério Público em 2010.

A maioria das denúncias da Soama informa que os rodeios desrespeitaram o horário de encerramento, se estendendo até a madrugada, fazendo com que os bois participassem de provas, muitas vezes, por até 18 horas consecutivas.

Uma delas acusa dois laçadores de maus tratos aos animais em um evento em Ana Rech, no final do ano passado. Eles teriam apertado demais o laço, fazendo com que os bois caíssem, além de os terem empurrado no final da prova. Um laudo veterinário teria comprovado, dias depois, ferimentos em vários bois.

— Os laçadores maltrataram o gado. Eu pedi três vezes que parassem a prova. Falei para o patrão do evento que aquilo não era o correto, que o meu gado estava ali para correr e não para ser maltratado —  afirma o proprietário dos bois, que não será identificado.

Segundo o coordenador da 25ª Região Tradicionalista, Jó Arse, a interpretação do conselho de ética da entidade é que não houve maus-tratos aos animais.

— Eles poderiam ter se machucado no campo, no caminhão — diz Jó.

Para a Semana Farroupilha, o coordenador garante que a 25ª Região Tradicionalista já tomou as providências necessárias para que o acordo seja cumprido.

— Vamos cumprir o TAC rigorosamente.

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