| 11/01/2006 16h09min
Os focos de gripe aviária na Ásia têm preocupado a aviação brasileira, que reuniu-se hoje para discutir planos de contingência para o caso de uma pandemia. As medidas incluem controle de saídas de enfermos, rastreamento de casos, e sistema de avisos em casos de suspeitos de contaminação a bordo com tratamento adequado na chegada.
– A metodologia se assemelha à adotada há três anos na Ásia, durante o período da Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars), a pneumonia ou asiática – explica Paulo Magalhães, integrante da Sociedade Brasileira de Medicina Aeroespacial (SBMA).
Magalhães participou da Jornada Impacto da Influenza sobre a Aviação Comercial. Os participantes do encontro analisaram o quanto a aviação estaria envolvida na propagação do vírus, considerando que o avião é uma espécie de “hospedeiro intermediário”, podendo transportar pessoas contaminadas pelo vírus.
Na avaliação dele, as medidas devem preservar ao máximo o setor, mas sem correr riscos desnecessários que pudessem ameaçar à população.
– As atividades reguladoras têm que entender o problema econômico, ao mesmo tempo, as empresas têm que entender o risco real da população – avaliou.
O aviador citou como exemplo o que aconteceu na Ásia durante a epidemia de Sars, quando todos os vôos de companhias aéreas asiáticas foram cancelados, apesar de a organização Mundial da Saúde (OMS) não ter recomendado essa medida.
– Isso foi suficiente para ter um impacto negativo nas empresas maior do que o 11 de setembro – condena.
No Brasil, não há registros de casos da gripe aviária, bem como não houve de pneumonia asiática. Ainda não foram registrados casos de contaminação da gripe aviária entre pessoas.
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