| 12/04/2001 20h14min
A ação do Exército contra o risco de entrada da febre aftosa deve ocorrer em cinco pontos da fronteira de Santa Catarina com a Argentina. O secretário de Agricultura catarinense, Odacir Zonta, informa que o plano de vigilância prevê tropas em Paraíso, Princesa, Dionísio Cerqueira, Itapiranga e Tunápolis. Os pontos estão localizados numa extensão de 100 quilômetros que formam a fronteira com o país vizinho. A cobertura foi prevista num planejamemnto acertado entre a secretaria, Companhia de Desenvolvimento Agrícola do Estado de Santa Catarina (Cidasc) e os técnicos do Ministério da Agricultura.
Zonta espera que o reforço dos soldados ocorra a partir da próxima semana. O Exército ficará onde a Cidasc não tem vigilância. A ação combaterá principalmente o contrabando de animais, que podem oferecer risco de contaminação da febre aftosa. 
A expectativa do reforço federal, 
que já chegou à 
fronteira do Rio Grande do Sul, existe desde a semana passada. O secretário nega, que a confirmação pelo governo argentino nessa quarta-feira de focos da febre, tenha acelerado o anúncio da adesão do Exército ao cerco brasileiro.  
Ainda não há definição de onde virá a segurança. Zonta espera se reunir na próxima semana com integrantes do Ministério da Defesa para tratar da ação. Em São Miguel do Oeste, Extremo-Oeste catarinense, há um batalhão federal. Os soldados não deverão agir como vigilantes sanitários. Se houver apreensão de animais, o local de destino e qualquer teste para detectar a presença do vírus da doença ficarão sob responsabilidade do Ministério. 
Desde fevereiro, quando surgiu a notícia da existência de aftosa na Argentina, a Cidasc não registrou apreensões nem irregularidades 
no 
transporte de carne ou animais 
vivos nas barreiras do lado brasileiro. A vizinha Província de Missiones não está na lista de regiões contaminadas. 
Até o final do mês, o secretário deve se reunir novamente com os setores ligados aos produtores e indústria do setor. 
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