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Sobre o programa

Porto Alegre dos Açores

O Rio Grande do Sul, terra de tantas origens e tradições, também guarda a herança do longínquo arquipélago dos Açores. No pampa e no litoral, na fronteira, nos campos de cima da serra, em pequenos vilarejos e na grande Porto Alegre, fragmentos da matriz açoriana se diluem na cultura e na identidade do gaúcho brasileiro.
Mais do que conhecer e mostrar essa ligação de origens, a série Porto Alegre dos Açores, apresenta aspectos atuais da cultura, da natureza, da vida cotidiana do Arquipélago dos Açores.
- Nosso olhar sobre os Açores é guiado por personagens que mantêm pontes afetivas e culturais entre o Rio Grande e as ilhas historicamente ligadas a Portugal – diz o diretor André Costantin - . Um casal, ele riograndense, ela açoriana, revive a experiência de conhecer os Açores e o Rio Grande do Sul, guiando-nos pelas memórias e pela cultura contemporânea, pelos lugares, pelos costumes, pelas mitologias que permeiam as paisagens açorianas. Em trechos da viagem, a série tem a companhia do escritor Luis Antonio de Assis Brasil, em cuja obra transparece a origem açoriana e o relacionamento de amizade e de estudo que o autor gaúcho mantém com os Açores. Mas, o foco principal de Porto Alegre dos Açores é o olhar aberto do viajante que encontra e se encanta com a gente do lugar, com os personagens autênticos e os lugares especiais que se apresentam aos olhos e ao coração ao longo da viagem.
Porto Alegre dos Açores tem roteiro e direção de André Costantin. Imagens de André Costantin e André Maciel. Coordenação de produção de Nice Sordi. Direção geral de Gilberto Perin. Realização RBS TV de Porto Alegre.

Episódio 1 – O Caminho de Volta

Passados mais de dois séculos da fundação da capital gaúcha, quando casais de açorianos iniciaram o povoamento da cidade, Porto Alegre dos Açores percorre o caminho de volta ao arquipélago. O episódio inicia com cenas da travessia sobre o mar em direção às ilhas, intercaladas com breves imagens da capital gaúcha e de ângulos do Monumento aos Açorianos – entrecortadas por fragmentos de fala de Carla, açoriana que vive em Gravataí, casada com o gaúcho Régis. O casal está prestes a viajar para a terra de origem de Carla que nasceu em 1974, mesmo ano da assinatura do Monumento aos Açorianos pelo artista Carlos Tenius, em Porto Alegre.
Os relatos de Carla, nesse itinerário de retorno, ainda mantendo discreto sotaque da ilha Terceira (terra natal de Carla), abrem para a passagem por Lisboa, e, depois, a chegada e os primeiros contatos com a paisagem e a gente dos Açores. Ainda em Lisboa, com o escritor açoriano Joel Neto, que divide a vida entre Portugal e Açores, conta que tem amigos e relações de afeto com Porto Alegre. Nas ilhas, especialmente na Terceira, a série mostra os aspectos gerais da paisagem, da História, das ligações com Portugal e com o Brasil. Lá também, Porto Alegre dos Açores mostra a cidade de Angra do Heroísmo (patrimônio da Humanidade), a família de Carla e o historiador Jorge Forjaz, um dos grandes intérpretes da cultura dos Açores.

Episódio 2 – Na Bruma dos Vulcões

A geografia e a paisagem cultural de trechos das ilhas; as formações vulcânicas, em confronto com o mar, forças que modelam a vida, o modo de ser e a própria terra dos Açores, que chega a ter um pico vulcânico de 2.351 metros de altitude. Os aspectos da natureza exuberante são pontuados pela vida cotidiana das pessoas de cada lugar, com suas rotinas, memórias, formas de expressão.
Na ilha Terceria, a série mostra um raro vulcão que pode ser percorrido por dentro, abaixo da terra, a cem metros de profundidade. As emoções e sentimendos dos habitantes da ilhas que testemunharam abalos sísmicos e erupções vulcânicas estão presentes nesse episódio. Na ilha do Faial, num dia de temporal, com uma das primeiras açorianas a nascer no exílio, nos Estados Unidos, filha de refugiados do Vulcão dos Capelinhos, que entrou em erupção em 1958, conta porque voltou e vive na terra de seus pais, na vizinhança do vulcão.
Na ilha do Pico, depois de agitada travessia pelo mar bravo do inverno açoriano, Porto Alegre dos Açores apresenta um dos últimos caçadores de cachalotes, o tipo de baleia da narrativa de Moby Dick. Francisco Joaquim Machado, aos 90 anos, narra – em depoimentos e imagens impressionantes – a vida dos baleeiros do Pico no tempo da caça às baleias. A narrativa é ilustrada por material iconográfico existente na ilha e por fragmentos de um filme realizado nos anos 1960 por um cineasta americano sobre o último reduto dos mares do mundo onde ainda se praticava o arpoamento braçal do cachalote.
“Na Bruma dos Vulcões” mostra ainda cenas de um dia excepcional de inverno na illha do Pico, como há muito os açorianos não viam, com registros de tempestade de granizo ao nível do mar e neve nas partes altas da ilha.

Episódio 3 – Oceano das origens

A vida e as tradições dos Açores em conexões com a cultura do Rio Grande do Sul está no terceiro episódio. Tais ligações, inauguradas pela travessia do Oceano Atlântico, rumo ao Sul, pelos açorianos, são ancoradas na vida contemporânea; estão presentes na língua, na música e nas danças (com a tradição dos instrumentos de corda), nas crenças, nas festas e celebrações. O ritual do Terno de Reis, ainda praticado em partes do Rio Grande do Sul, tem origem e permanência nos Açores. Porto Alegre dos Açores segue a origem e manutenção de cógidos como a dança do pezinho e outras manifestações oriundas dos Açores, reproduzidas e adaptadas em terras gaúchas.
Musicado e cantado pelos próprios personagens documentados, o episódio começa com as paisagens e Terno de Reis de Terra de Areia, no litoral norte gaúcho, onde fragmentos das origens açorianas permanecem vigorosos. No diálogo com os Açores de hoje, o episódio sonda também as matrizes rituais e simbólicas presentes nas festas açorianas. A pesquisadora Antonieta Costa, na ilha Terceira, nos conduz, à luz das mitologias e crenças, por esse universo das tradições do arquipélago, entre elas a Festa do Divino Espírito Santo e as touradas de rua.
“Oceano das Origens” mostra as danças açorianas que influenciaram o folclore gaúcho e o depoimento de um açoriano de Ponta Delgada, da ilha de São Miguel, que admira Porto Alegre e sente-se um pouco gaúcho do lado de lá do mar.

Episódio 4 – Rio Grande do Alto-Mar

O quarto programa da série mostra a inserção dos Açores na modernidade, o ambiente cultural e econômico de um arquipélago de origens coloniais porém integrado à comunidade européia. A Ilha São Miguel, que concentra os núcleos de poder político e econômico mais expressivos do arquipélago, também tem a presença urbana mais notável em contraste com o arquitetura portuguesa tradicional.
O episódio também mostra porque os Açores tornou-se o destino de viajantes do mundo inteiro, em busca de natureza e aventura no mar e nas montanhas. Um exemplo é o casal Nuno e Maria Sá, que, em viagem pelo mundo, se encantaram pelos Açores, onde resolveram morar e registrar a vida marinha, com imagens impressionantes de baleias e golfinhos.
O escritor gaúcho Luiz Antonio de Assis Brasil, que mantém relações de amizade e estudo nos Açores, especialmente na cidade de Ponta Delgada, ilha São Miguel, onde há até uma rua dedicada à Cidade de Porto Alegre, apresenta as Sete Cidades, imensa cratera vulcânica extinta de 14 quilômetros de diâmetro onde existem lagos e vilarejos.
Em São Miguel, Porto Alegre dos Açores registra as furnas de superfície, onde a água brota fervente do solo. E, também, as caldeiras, enormes buracos no chão onde os habitantes da ilha preparam cozidos de carnes, feijoadas e bacalhau, apenas com o calor que brota do fundo da terra.
Na despedida das paisagens e gentes dos Açores, ouve-se as memórias e imaginações de pessoas que, de um lado e outro do mar, sentem-se ligadas pelas origens, pela História e por traços de uma antiga identidade comum que vai sendo resgatada.

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