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Prêmio RBS de Educação - Para Entender o Mundo  | 23/04/2014 06h02min

Prêmio RBS de Educação abre inscrições para segunda edição em SC e no RS

Em 2014, a categoria Jovens Protagonistas irá integrar o concurso que dará R$ 156 mil a vencedores

Atualizada às 06h32min

No Dia Mundial do Livro, nesta quarta-feira,23, está sendo lançado o 2º Prêmio RBS de Educação – Para Entender o Mundo, homenagem a iniciativas bem-sucedidas em mediação de leitura. As inscrições vão até 18 de julho.

Os detalhes desta segunda edição do concurso serão apresentados ao vivo no Jornal do Almoço desta terça-feira, na RBS TV, em programa especial que também vai relembrar os projetos vencedores do ano passado.

Realizado pelo Grupo RBS e pela Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho, com apoio técnico do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), o concurso promove o compartilhamento das boas práticas de educadores que incentivam a leitura e despertam nos seus alunos o prazer pelos livros.

Professores e educadores de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul podem participar: basta inscrever-se no site do prêmio e enviar um relato contando sua experiência.

A expectativa é repetir o sucesso da edição passada, que teve 2,7 mil inscritos e 936 relatos enviados. Serão selecionados 16 finalistas, e os vencedores serão anunciados em novembro, durante cerimônia que distribuirá R$ 156 mil em prêmios.

Além das categorias Escola Pública e Escola Privada, a novidade deste ano é a categoria Jovens Protagonistas, em substituição à de Projetos Comunitários existente na edição anterior. O objetivo é estimular a troca de ideias e o diálogo entre estudantes de 14 a 24 anos, para que compartilhem experiências.

Expectativa é repetir número de inscrições

— Com essa nova categoria, vamos agregar ao prêmio um público da comunidade escolar que é muito importante para nós. Além de estimular novas ideias e dar o recurso financeiro para implantar os projetos, vamos acompanhar a execução. Será uma espécie de consultoria, para agregar conhecimento e garantir mais uma formação a esses jovens — afirma Lucia Ritzel, gerente executiva da Fundação Maurício
Sirotsky Sobrinho.

A premiação não se restringe a projetos nas disciplinas de português e literatura, já que as habilidades de leitura também são fundamentais em outras áreas, como matemática e ciências.

— Crianças com dificuldade de leitura terão dificuldade em todas as matérias. As habilidades não são idênticas, mas são parecidas. Há uma tradição na escola brasileira de ter coisas muito divididas por departamento, como se ensinar a ler fosse função do professor de língua portuguesa, mas, nos últimos 20 anos, isso está sendo revisto —afirma Bia Cortese, coordenadora de projetos do Cenpec.

Para as três vencedoras da primeira edição do Prêmio RBS de Educação em Santa Catarina, a experiência ainda dá bons frutos para as escolas onde atuam e a comunidade onde estão inseridas, além de ter significado a valorização do trabalho desenvolvido.

Maria Elizabeth de Oliveira, que venceu na categoria Projetos Comunitários e pela escolha do júri popular, diz que o reconhecimento ajudou na divulgação do trabalho que vem sendo feito na escola municipal Vila Nova, em Passo de Torres, que ganhou 40 novos estudantes neste ano. Além disso, o colégio se prepara para, no dia 30, inaugurar a biblioteca escolar, montada com o dinheiro do prêmio.

A diretora Luciana Paludo, do Colégio Logosófico González Pecotche, em Chapecó, que ganhou na categoria Escola Particular, diz que o resultado estimulou a todos a buscar novas estratégias para incentivar os alunos a lerem.

A vencedora da categoria Escola Pública, a professora Carolina Kuhnen, da Escola Desdobrada e Núcleo de Educação Infantil Costa da Lagoa, em Florianópolis, diz que a premiação trouxe a sensação de valorização do trabalho.

O projeto de leitura continua e ganhou novos elementos. A Hora de Ler passou a se chamar Ler Muito Prazer e conta com participação dos pais. Uma vez por semana, dois são convidados à roda de leitura.

Uma iniciativa para inspirar

Giovana Zanon Barbosa, 17 anos, sempre gostou de escrever, criou um projeto pensando nisso e virou um exemplo de jovem protagonista, nova categoria do Prêmio RBS de Educação em 2014.

Bolsista do laboratório de Língua Portuguesa do Instituto Federal de Educação de Santa Catarina (IFSC), em Florianópolis, Giovana pensou em uma alternativa para exercitar ainda mais, nela e nos colegas, o ato de escrever. Montou o Clube da Escrita, junto com o colega Marcos Lichtenfels.

A ideia do clube partiu de uma amiga de Giovana que estuda nos EUA, onde é bastante comum os estudantes fazerem esse tipo de associação. Além disso, em Florianópolis, a garota fazia algo parecido com os amigos pelo Facebook.

– A gente decidia um tema ali para começar a história e escrevia. Juntei essas duas ideias e montei o clube no IFSC – relata.

A iniciativa de Giovana já está em andamento no campus Florianópolis do IFSC. O primeiro encontro foi realizado na última quinta-feira. A estudante do Ensino Médio integrado com o técnico afirma que participaram aproximadamente 10 estudantes.

O desafio foi fazer um texto que começasse com a frase: no dia seguinte ninguém morreu. O tema ficou definido em grupo, com a aprovação dos membros da dinâmica. Os textos foram escritos à mão, mas quem preferir computador pode levar o seu. Ao final do encontro, aqueles que se sentiram à vontade tiveram cinco minutos para fazer a leitura dos trabalhos.

—  Foi bem informal, bem gostoso e bem leve. Os textos foram muito bons. Perguntei a todos o que acharam e eles gostaram. Foi mais um encontro de amigos para escrever — diz a aluna.

Clube da Escrita é espaço de livre expressão

Os encontros do Clube da Escrita são realizados sempre às quintas-feiras, das 12h às 13h15min, sem a participação de professores:

– No começo do ano eles nos pediram sugestões de oficinas e eu sugeri o clube. Eles gostaram bastante e deram carta branca pra gente fazer. Só mandamos a lista de presença e relatamos como foi o encontro – diz Giovana.

Para ela, o clube é um espaço a mais para quem gosta de escrever, já que nas aulas regulares, não existe uma disciplina específica de redação. Além disso, a proposta dos encontros é dar o estímulo inicial para a escrita fluir.

Giovana ainda pretende colocar os textos produzidos pelo grupo no site do laboratório de Língua Portuguesa. Mas essa é ainda uma outra ideia que será debatida com os professores e participantes do clube.


>>> Como participar do 2º Prêmio RBS de Educação

> Inscreva-se no site premiorbsdeeducacao.com.br até 18 de julho. Você tem até o dia 11 de agosto para enviar o seu relato com detalhes do projeto.

> São três categorias de premiação: Escola Pública, Escola Privada e Jovens Protagonistas. Nesta edição, não haverá a categoria Projeto Comunitário.

> Podem participar professores de todas as disciplinas e educadores em geral, como gestores e bibliotecários, desde que atuem na Educação Básica.

> Na categoria Jovens Protagonistas, poderão se inscrever estudantes entre 14 e 24 anos, que estejam vinculados a uma instituição de ensino. Serão aceitos trabalhos individuais ou em grupos de até cinco pessoas.

> Uma Comissão Julgadora composta por especialistas em educação e mediação de leitura irá selecionar os 16 projetos finalistas. Do total, serão escolhidos quatro vencedores (dois em SC e dois no RS) nas categorias Escola Pública e Escola Privada.

> Outros seis ganhadores (três em SC e três no RS) serão escolhidos pelo Júri Popular, nas três categorias do prêmio. A partir do dia 3 de novembro, você poderá votar no seu preferido e ajudar a eleger os vencedores.


>>> Datas

> Inscrições: 23/4 a 18/7

> Envio do relato: até 11/8

> Divulgação dos finalistas: 28/8

> Júri popular: 3/11 a 21/11

> Premiação: 21/11


>>> Escreva um bom relato

1) O texto deve ser escrito na primeira pessoa do singular no site. O tamanho do relato para as categorias Escola Pública e Privada é entre 9 mil e 18,5 mil caracteres. Para a categoria Jovens Protagonistas, entre 3 mil e 9 mil caracteres.

2) Os relatos não devem trazer a identificação dos inscritos nem a dos participantes. É possível usar nomes fictícios. Em qualquer momento do processo de seleção, a organização do prêmio poderá solicitar contatos dos envolvidos para verificação de autoria.

3) Lembre-se de que o leitor não conhece a prática. É preciso explicitar o que foi feito. Evite descrições genéricas e procure enfatizar as frases faladas, as interferências e a reação.

4) O seu texto será a única forma de os avaliadores conhecerem sua prática: ele precisa estar claro, sem incorreções, coerente e consistente.

5) Antes de enviar o relato para a coordenação do prêmio, peça a um colega que leia o seu material e faça perguntas que ajudem você a tornar o texto mais claro.


>>> Premiação

Serão distribuídos R$ 156 mil em prêmios entre os finalistas e vencedores de SC e do RS

FINALISTAS
> R$ 1,5 mil para cada um dos 16 finalistas

ESCOLA PÚBLICA
> R$ 11 mil para os dois vencedores escolhidos pela Comissão Julgadora

ESCOLA PRIVADA
> R$ 11 mil para os dois vencedores escolhidos pela Comissão Julgadora

> R$ 11 mil para os dois vencedores de ambas as categorias escolhidos pelo Júri Popular

> As instituições dos seis vencedores das categorias Escola Pública e Privada também serão premiadas, com R$ 6 mil cada

JOVENS PROTAGONISTAS
> R$ 15 mil para os dois vencedores escolhidos pelo Júri Popular

DIÁRIO CATARINENSE
Felipe Carneiro / Agencia RBS

Giovana Zanon Barbosa, 17 anos, criou o Clube da Escrita no IFSC em Florianópolis e é exemplo de protagonismo juvenil
Foto:  Felipe Carneiro  /  Agencia RBS


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