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Educação Básica  | 20/01/2014 06h04min

Material escolar sobe três vezes mais que a inflação em lojas de Porto Alegre

Levantamento de valores dos produtos em três lojas da Capital constatou aumento médio de 18,87% na lista

Atualizada em 21/01/2014 às 18h19min Vagner Benites  |  vagner.benites@zerohora.com.br

Pais que iniciaram cedo a tarefa de comprar material escolar já perceberam a alta mais acentuada nos preços. Com base na cesta básica de itens da prefeitura de Porto Alegre, ZH fez um levantamento de valores dos produtos em três lojas da Capital e constatou aumento médio de 18,87% na lista — mais de três vezes acima da inflação medida pelo indicador considerado oficial.

MURAL: quais as alternativas você irá buscar à alta dos preços?

No ano passado, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), usado como referência pelo Banco Central, subiu 5,91%. O resultado do levantamento de ZH, realizado na última sexta-feira, foi comparado ao feito em janeiro de 2013 e apontou alta três vezes superior à do IPCA. A elevação nos preços também foi identificada pela Fundação Getulio Vargas (FGV). De janeiro a dezembro de 2013, os itens relacionados a material escolar — excluídos livros didáticos — do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) pesquisado pela instituição em Porto Alegre subiram 8,46%, ante 7,27% da média geral do indicador.

Confira a tabela de preços de materiais escolares pesquisados por ZH

Mas é exatamente no início do ano, quando se acentua a procura por esse tipo de produto, que os preços aceleram a subida: nos últimos 30 dias, conforme a FGV, os valores avançaram 1,72% na Capital, ante elevação de 0,67% do índice geral.

Um dos motivos para o aumento acentuado é a alta do dólar, avalia o chefe do escritório da FGV em Porto Alegre, Márcio Mendes da Silva. Como boa parte da matéria-prima do papel, a celulose, tem preço definido em dólares, ficou mais caro produzir no país. Na lista das escolas também há vários itens importados da China, que ficaram mais caros com a alta no câmbio.

Consumidor pode recorrer ao Procon em caso de exageros

Para fugir de aumentos abusivos, é preciso muita pesquisa. Conforme o Procon estadual, o consumidor pode recorrer ao órgão caso considere valores exagerados, embora não haja um limite na lei para os preços.

— Infelizmente, não existe um parâmetro legal para dar esse suporte, mas analisamos caso a caso — afirma a diretora adjunta do Procon-RS, Juliana Teixeira Soares.

Limitar as compras ao necessário também é útil, sugere o economista da FGV em Porto Alegre:

— Se as vendas não forem boas, pode haver promoções no período mais próximo ao início das aulas.

A fisioterapeuta Juliane de Andrade, 38 anos, mãe de Carolina, seis anos, já está percorrendo o comércio em busca de valores mais em conta:

— Não compro tudo no mesmo lugar. Se acho algo muito caro, procuro em outra loja — recomenda Juliane.

Defenda o seu bolso

Além de comparar preços, reaproveitar material também é uma opção

Dicas para comprar

– Fique atento à lista: a escola não pode exigir compra de produtos para uso coletivo, como material de limpeza e de higiene pessoal.

– Negocie com a escola a necessidade de determinados materiais. Questione as exigências caso não tenham justificativa aceitável.

– A melhor pesquisa é a que compara produtos e marcas iguais ou, ao menos, os mais semelhantes. Só assim o consumidor pode ter uma real noção do quanto pode economizar.

– Caso algum material não tenha sido utilizado no último período letivo, negocie a possibilidade de reaproveitamento com a escola.

– Unir-se a outros pais para comprar material escolar é uma boa opção para conseguir descontos com lojistas, que aceitam ganhar um pouco menos se venderem em grande quantidade.

– Materiais ilustrados com personagens de animações, filmes ou games geralmente têm preços mais altos. Negocie com as crianças para que algum caderno ou pasta com esse tipo de decoração possa ser incluído na lista, mas explore opções para reduzir a conta.

Fonte: Procon-RS

Ofertas reunidas

A tradicional Feira do Material Escolar da Capital começa nesta semana

Quando: de 24 de janeiro (sexta-feira) até 3 de março
Local: Popcenter (Camelódromo)
Endereço: Avenida Júlio de Castilho, 235
Horário: de segunda a sexta-feira, das 9h às 19h, e aos sábados das 9h às 18h
Fonte: Smic

ZERO HORA
Diogo Zanatta / Especial

Pesquisa em várias lojas é principal forma de driblar altas excessivas de preços
Foto:  Diogo Zanatta  /  Especial


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