A empresa inglesa de recrutamento de executivos Michael Page, com sede no Brasil, fez um levantamento sobre as áreas que estarão em alta no país em 2014 — ano de Copa do Mundo e eleições. Em geral, a pesquisa aponta que as profissões de maior demanda serão as ligadas a marketing e infraestrutura.

No marketing, destacam-se o comércio varejista digital (e-commerce) e o relacionamento com o cliente no ambiente digital. Os eventos esportivos deram início a um processo de adequação da infraestrutura do país, mas ainda existe a necessidade de melhorias significativas na logística para fortalecer a competitividade dos produtos brasileiros no mercado internacional.

Segundo Fernando Poziomczyk, gerente do escritório da Michael Page em Porto Alegre, as universidades do Rio Grande do Sul formam profissionais qualificados em todas as áreas mencionadas no levantamento, mas a demanda para as engenharias ainda é grande:

— Há uma brincadeira que diz que se a Vale e a Petrobras contratassem todos os engenheiros de que precisam, não sobraria nenhum para as outras empresas. Outra forte vertente é a do marketing digital, que, no Estado, ainda é incipiente, e a mão de obra qualificada é pequena. Entendo que a área mais bem servida é a de planejamento comercial, em que já existe uma quantidade proporcional de profissionais ao tamanho do mercado.

Planejamento comercial

Curso mais comum: Administração

2013 foi um ano apertado, e as projeções são de um mercado mais competitivo. Será ainda mais importante desenhar uma estratégia, buscando aplicar o esforço correto para o cliente certo.

Marketing e vendas

Cursos mais comuns: Administração, Publicidade e Propaganda e Economia

Cada vez mais, governos e entidades embasam suas decisões em necessidades específicas, portanto é fundamental que os fornecedores estejam preparados para entender e atender às demandas destes mercados.

Marketing digital

Cursos mais comuns: Webdesign, Administração e Publicidade e Propaganda

As empresas estão cada vez mais observando a importância de focar na área digital. Devido à maior presença de consumidores em ambientes online, é possível mapear e focar a comunicação no público-alvo. O objetivo principal é achar um canal para vender mais sem que o cliente tenha de se deslocar a um ponto de venda físico.

Ciência de dados

Cursos mais comuns: Ciência da Computação e Análise de Sistemas

Em alta em função das oportunidades do aumento da aplicação das tecnologias do big data, conceito fundamental no armazenamento de dados.

Engenharia de orçamento

Cursos mais comuns: Engenharia Civil e outras engenharias

Há uma necessidade de maior controle sobre o retorno financeiro das obras. Na construção civil, para uma empresa concorrer ao edital de uma rodovia, tem de saber custos e considerar uma margem de lucro. O mercado apertado exige mais previsibilidade.

Ciências Atuariais

Curso: Ciências Atuariais

A função do atuário é prever custos. Para um seguro saúde, por exemplo, calcula custos para tornar o plano rentável para seguradora e de qualidade para o segurado. Em 2013, o mercado de seguros teve um bom momento e há expectativa de crescimento.

Geociências

Cursos mais comuns: Geofísica e Geologia

Obras de infraestrutura exigem conhecimento sobre a terra. Além disso, a expectativa da indústria de petróleo é ter um ano melhor em 2014.

Engenharia e economia

Cursos mais comuns: engenharias e Ciências Econômicas

Em um mercado competitivo, a linha entre a viabilidade e a inviabilidade de um projeto é tênue. Avaliar bem a rentabilidade é sinônimo de sucesso de um empreendimento. Executivos precisarão de excelente visão analítica, base financeira e visão holística.

Direito e contabilidade

Cursos mais comuns: Direito e Ciências Contábeis

Conhecimento preciso sobre a complexa legislação tributária pode garantir ganhos para empresas. O perfil exige excelente base técnica fiscal.

Engenharia de segurança do trabalho

Curso mais comum: pós-graduação para engenheiros

Empresas e sociedade demonstram uma maior preocupação sobre a saúde do trabalho. É uma mudança de patamar. Antes, isso era considerado um custo, mas, hoje, entende-se que segurança e bem-estar são bens da empresa.

ZERO HORA