clicRBS
Nova busca - outros

Notícias

Prêmio RBS de Educação - Para Entender o Mundo  | 18/11/2013 17h33min

Professora finalista do Prêmio RBS de Educação estimula análise crítica em aulas de informática

Neusa Regina Klein Palma, da Escola Municipal Professora Maria Gusmão Britto, busca proporcionar aos alunos o chamado "letramento digital"

Atualizada às 17h33min Heloisa Aruth Sturm  |  heloisa.sturm@zerohora.com.br

Diferentes linguagens e ferramentas de comunicação são os recursos usados pela professora Neusa Regina Klein Palma para incentivar a leitura nas aulas de informática com os alunos da Escola Municipal Professora Maria Gusmão Britto, em São Leopoldo, no Vale do Sinos.

O principal objetivo da professora, finalista do Prêmio RBS de Educação na categoria Escola Pública, é proporcionar aos alunos o chamado "letramento digital". Mais do que ensinar a acessar a internet e trabalhar com programas de computador, o que Neusa quer é que os estudantes sejam capazes de localizar, filtrar e avaliar de forma crítica esse mundo de informações:

— É muito mais difícil fazer o filtro numa leitura digital do que numa biblioteca ou numa escola. Na internet, estão abertas milhares de possibilidades, e discernir o que é bom é muito mais difícil para eles.

::PARTICIPE DO JÚRI POPULAR::
www.premiorbsdeeducacao.com.br

Neusa desenvolveu um projeto interdisciplinar que contou com o apoio de outros professores da escola para ser aplicado entre as 24 turmas do 4º ano à 8ª série.

Carta à moda antiga e um jogo de RPG

Alunos com idades entre nove e 11 anos fizeram autobiografias a partir da análise da obra O Menino Maluquinho, de Ziraldo, com direito a debate e sessão com pipoca para ver o filme.

Os alunos do 5º ano aprenderam sobre as lendas gauchescas em sites especializados e debateram, em fóruns virtuais criados por Neusa, temas relacionados à história do Rio Grande do Sul.

O projeto alcançou o município de Rosário do Sul: Neusa entrou em contato com uma professora da cidade e propôs uma atividade interativa. Assim, os estudantes passaram a trocar informações sobre suas respectivas cidades — não só pela internet mas também pelo correio, em cartas.

Os estudantes mais velhos soltaram a imaginação e criaram livros-jogos em RPG, e tiveram a oportunidade de conversar com o escritor Athos Beuren, especialista em narrativas desse tipo. A ideia da atividade foi da professora de português Marinês Berwanger, colega de Neusa em São Leopoldo.

As atividades do projeto são relatadas no blog gusmaoliteratura.blogspot.com.br e no site da escola.



::Como construir a inclusão digital::

"Acredito muito no trabalho colaborativo. Esse é um programa interdisciplinar, e, sem o apoio dos demais professores, não existiria essa riqueza do projeto. A educação hoje não é mais fragmentada, nem linear. Eu me preocupo com a qualidade da escola pública, porque penso que, no momento em que tu deixas de trabalhar qualquer coisa importante para o aluno só porque é de escola pública, tu estás marginalizando o estudante. Deixar de oportunizar aquilo a que eles têm direito é uma exclusão.

E não se pode deixar de oportunizar a inclusão digital. A informática educativa é importante porque nem todos têm acesso à internet em casa. E na escola pública, muitas vezes, encontram essa oportunidade. Inclusão digital não é só levar o aluno para dentro do laboratório. É fazer com que ele aprenda a pesquisar corretamente, use as ferramentas e as transforme em recurso de aprendizagem. É fazer com que aprenda a criticar, analisar. Essa aprendizagem deve ser construída, e não imposta. Isso se chama letramento digital.

O professor tem que acompanhar as tecnologias, não pode ficar estancado no tempo. No momento em que assumi a minha formação de educadora, eu assumi o compromisso de buscar formação continuada,e procuro sempre contagiar os professores e envolvê-los."

::Modo de fazer::

— Envolva os professores de outras áreas para participarem de um projeto interdisciplinar.

— Crie atividades interativas de acordo com a faixa etária dos estudantes.

— Desenvolva um fórum virtual no qual os alunos possam comentar suas opiniões e debater sobre temas discutidos em sala de aula.

— Convide profissionais de diferentes áreas para realizarem palestras na escola.

— Mantenha um blog atualizado das atividades e incentive os alunos a acessarem periodicamente e produzirem conteúdo.

— Utilize ferramentas online, como o dicionário gaudério e programas de edição de texto.

— Digitalize os trabalhos feitos pelos estudantes para que fiquem em exposição permanente no site da escola.

— Aproveite o potencial que a internet oferece de eliminar barreiras físicas e realize projetos que ultrapassem os muros da escola, em parceria com outras instituições.

ZERO HORA
Tadeu Vilani / Agencia RBS

Professora Neusa Regina Klein Palma é finalista do Prêmio RBS de Educação na categoria Escola Pública
Foto:  Tadeu Vilani  /  Agencia RBS


Comente esta matéria

Mais Notícias

A Educação Precisa de Respostas  30/01/2016 16h58min
'Projeto Resgate' entrega apostilas e materiais para alunos de Joinville

grupoRBS

Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho

Prêmio RBS de Educação

Grupo RBS  Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2012 clicRBS.com.br • Todos os direitos reservados.