Bruno Moraes  |  bruno.moraes@zerohora.com.br

As densidades dos 89 cursos oferecidos pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) podem ser motivo de alívio ou preocupação para quem vai participar do concurso. Contudo, a relação de candidatos por vaga, divulgada na semana passada, não é um indicativo fiel da dificuldade para ser aprovado. O fator verdadeiramente decisivo é a pontuação do último colocado.

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Considerando os dados de 2013, o curso noturno de Psicologia foi o segundo mais concorrido, com densidade de 24,77, superando o diurno, que ficou em terceiro na lista, com 18,93 concorrentes para cada vaga. Contudo, a média do último colocado do noturno (620,14) foi mais baixa do que a do diurno (632,15) no acesso universal.

— É possível que um curso tenha menos candidatos por vaga, mas que eles estejam mais bem preparados e, por isso, tirem notas mais altas. Houve anos em que Publicidade e Propaganda teve densidade maior do que Medicina, mas a nota mínima era bem menor — explica o professor de física do Grupo Unificado Ênio Kaufmann.

Entre os cotistas, a densidade também pode pregar peças. Em 2013, havia 51,25 estudantes de escola pública com renda superior a um salário mínimo e meio para cada vaga reservada a essa modalidade no curso de Odontologia (noturno) — uma proporção semelhante à densidade de Medicina. No diurno, eram 22,79. Porém, o último classificado do diurno obteve 584,20 pontos (que ainda garantiriam uma vaga pelo acesso universal para o curso da noite), contra 539,84 do último colocado do noturno.

— Na tabela dos cotistas, presume-se que concorram apenas entre si. Mas esses estudantes também podem ser aprovados no acesso universal. Em 2014, haverá mais vagas para três engenharias. O ponto de corte desses cursos tende a diminuir — explica o professor de matemática Gustavo Reis, blogueiro do ClicRBS.

Medicina: confira as médias finais dos últimos colocados do acesso universal

2013: 754,10

2012: 754,11

2011: 748,81

2010: 736,68

2009: 721,05

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