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Prêmio RBS de Educação - Para Entender o Mundo  | 11/11/2013 05h31min

Prêmio RBS de Educação abre votação popular para a escolha do melhor trabalho de incentivo à leitura

Pela internet, será possível conhecer os nove projetos finalistas e votar no que mais gostar

Ajudar a escolher a melhor prática de incentivo à leitura em Santa Catarina é um desafio lançado pelo 1º Prêmio RBS de Educação — Para Entender o Mundo, que a partir de hoje abre a votação popular pela internet. Será possível votar nos melhores projetos finalistas, feitos em escolas particulares, públicas ou na própria comunidade.

Para participar, é preciso entrar no site do prêmio, assistir aos vídeos com os depoimentos dos participantes e votar quantas vezes quiser. São três finalistas em cada categoria. Cada um dos nove indicados de Santa Catarina começa a ser apresentado a partir de amanhã, com reportagens detalhadas sobre os projetos desenvolvidos.

O primeiro Prêmio RBS de Educação vai reconhecer iniciativas de professores e educadores que trabalharam com a mediação de leitura. O concurso selecionou projetos que fizeram de maneira criativa e atraente uma ponte entre o leitor e o texto. O resultado são 18 trabalhos que de alguma maneira tornaram estudantes mais interessados e mais familiarizados pelo universo da leitura.

::Para mobilizar e ajudar a disseminar boas ideias::

O Prêmio também irá reconhecer projetos no Rio Grande do Sul, onde nove selecionados também concorrem. Os dois Estados reuniram 936 trabalhos inscritos. Os 60 relatos melhores avaliados foram levados para uma segunda análise feita por uma comissão formada por 13 especialistas em educação, que selecionou os 18 finalistas — sendo nove em cada Estado. Mais do que reconhecer trabalhos, o que se pretende é fazer com que boas práticas sejam compartilhadas e replicadas em sala de aula.

De acordo a gerente-executiva da Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho, Lucia Ritzel, o prêmio não só confere visibilidade a essas boas práticas, mas também propicia uma oportunidade de formação, já que os participantes puderam fazer um curso online gratuito sobre estratégias de mediação de leitura. Valorizar esses trabalhos é um dos seis compromissos com a educação lançados pela RBS no ano passado.

— Acreditamos que as três categorias do prêmio permitem uma troca de ideias para que as pessoas possam se inspirar e, com a votação popular, mobilizar também as comunidades em torno dessa causa. A educação de qualidade deve ser uma prioridade de todos — diz Lucia.

A votação estará aberta até 2 de dezembro, quando serão anunciados os vencedores. O Prêmio RBS de Educação é uma iniciativa do Grupo RBS e da Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho, e tem apoio técnico do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec).

::CONHEÇA OS FINALISTAS::

::Escola Particular::

CRISTIANO VIANA ABRANTES
Projeto: Confraria literária
Cidade: Joinville
Com vontade de falar sobre literatura e estimular a escrita e a leitura entre adolescentes, o educador Cristiano Viana Abrantes e os professores Kely Rocha e Juliano Munhoz criaram a Confraria Literária no Colégio Machado de Assis. Em uma roda de conversa os alunos interessados, de 15 a 18 anos, compareciam ao colégio no contraturno para aprender sobre poesia, cena e crônica. Os estudantes se arriscavam a escrever e o texto era analisado pelo grupo, que opinava sobre a redação. Eles traziam sugestões de leitura e dicas de autores para debater. Cristiano, um paulista de 39 anos formado em História pela USP, sonha que a ideia seja levada para as escolas públicas.

GABRIELLE BORBA DA SILVA
Projeto: Contos que encantam
Cidade: Florianópolis
Resgatar os clássicos infantis foi a ideia da professora Gabrielle Borba da Silva, de 29 anos. Formada em Pedagogia pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), ela é natural de Florianópolis e dá aulas de Língua Portuguesa para o 4º ano do ensino fundamental do Colégio Catarinense. A professora Gabrielle usou o livro Que história é essa, do autor Flavio de Souza, para despertar na criançada o gosto pelos clássicos. Com o projeto, os alunos escreveram textos, criaram teatro de fantoches e aprenderam a ler de diferentes maneiras. A iniciativa foi feita ou na sala de aula, ou ao livre, em grupo, individualmente ou em voz alta.

LUCIANA BALBINOTT PALUDO
Projeto: De criança a professora, hoje gestora, sempre leitora
Cidade: Chapecó
Desde criança Luciana Balbinott Paludo, 42 anos, diz ter sido estimulada pela família e pela escola a gostar dos livros. Formada em Pedagogia pela Fundeste (atual Unochapecó), é diretora do Colégio Logosófico González Pecotche. Apaixonada pela leitura, tem como meta despertar o mesmo gosto nos alunos. O projeto observou uma série de estratégias para incentivar a prática da leitura, como reuniões com professores para escolher livros para a sala de aula, catálogo literário com os alunos e a sacolinha de leitura, que contou com o envolvimento dos pais em casa. Luciana se inscreveu no prêmio porque acredita que o trabalho do professor precisa ser valorizado.

::Escola Pública::

BRUNO ARAUJO SOARES
Projeto: Descobrindo novos caminhos
Cidade: Rio dos Cedros
Um aluno do professor Bruno Araujo Soares, 28 anos, é surdo. Por isso o trabalho foi todo elaborado a partir da Língua Brasileira de Sinais (Libras). A ideia foi ensinar a todos os estudantes de 5ª a 8ª série da Escola Municipal Prefeito João Floriani a linguagem de Libras, para que ela fosse uma forma natural de comunicação em todas as disciplinas. Para demonstrar e multiplicar o processo de ensino de uma pessoa surda e a falta de intérpretes de sinais na região, o que resulta na desistência de alunos, o professor natural de Resende (RJ) inscreveu o projeto.

CAROLINA KUHNEN
Projeto: Hora de ler
Cidade: Florianópolis
Natural de Florianópolis, Carolina Kuhnen, 35 anos, é formada em Pedagogia pela UFSC. Ela leciona nos anos iniciais, principalmente com foco multidisciplinar na escola Desdobrada e no Núcleo de Educação Infantil da Costa da Lagoa. O projeto entra em ação toda terça e quarta, quando os estudantes fazem uma roda de leitura e aprendem sobre o prazer de ler um bom livro. É o momento de sortear os leitores, que escolhem por conta própria o livro que vão ler em voz alta. As histórias são mediadas pela professora, que questiona o que os alunos entenderam. Toda atividade de roda começa e termina com alguma música, cantada pelas crianças.

KAMILLE KHRISTINY MENESES DE OLIVEIRA
Projeto: Mediando leitura, dialogando com o mundo
Cidade: Brusque
Professora regente do 4º ano das séries iniciais da Escola de Educação Básica Feliciano Pires, em Brusque, no Médio Vale do Itajaí, Kamille Oliveira, uma paulistana de 31 anos, formada em Pedagogia pela Fundação Santo André (SP), criou um diário coletivo. Alunos entre 9 e 10 anos levam um livro para ler em casa na companhia dos pais e depois contam no diário sobre a história lida, como foi o dia de leitura e tecem comentários sobre os livros dos colegas. De aluno em aluno, o diário é disputado pelas crianças que querem contar a aproximação com a literatura.

::Projeto Comunitário::

MARIA ELIZABETH SOUTO DE OLIVEIRA
Projeto: O mundo encantado da leitura
Cidade: Passo de Torres
Maria Elizabeth Souto de Oliveira, de 62 anos, se formou em Letras e Direito e está aposentada. Mesmo assim preferiu seguir com um projeto comunitário e conta histórias para alunos do 2º, 3º e 4º anos do ensino fundamental da Escola Vila Nova. Incentiva a leitura com troca de livros na biblioteca, conta histórias e promove atividades lúdicas. A partir do 5º ano, faz circular uma mala da leitura e um baú, em que autores e obras são apresentados e comentados pelas turmas. É natural de Porto Alegre.

RENATA HERCOLINO CHIMINSKI
Projeto: As portas que se abrem por meio da leitura
Cidade: Criciúma
Renata Hercolino Chiminski, 34 anos, se formou pela Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul) em Pedagogia e desenvolve seu projeto com alunos da educação infantil ao 9º ano no Bairro da Juventude dos Padres Rogacionistas, em Criciúma, no Sul do Estado. A professora realiza atividades como contação de histórias, concurso literário, construção de livros pelos estudantes, cinema, e uma parceria da escola para a edição de livros escritos pelos alunos.

VERENA PELLIS KIRSTEN
Projeto: O mundo mágico sobre rodas
Cidade: Blumenau
Mensalmente, Verena Pellis Kirsten vai em uma Kombi cheia de livros até as escolas rurais de Blumenau levar a literatura para crianças de 4 a 10 anos. Conversa com os pequenos sobre os contos, lê e troca livros com os menores. Ela participa do projeto Biblioteca Ambulante há 20 anos. Foram os colegas de trabalho que a incentivaram a inscrever o trabalho pela importância que tem para as crianças e significado que a Biblioteca Ambulante tem na vida acadêmica e profissional de Verena.

::JÚRI POPULAR::

- A votação popular irá eleger dois vencedores (um do RS e um de SC)
- O público poderá votar pelo www.premiorbsdeeducacao.com.br de 11 de novembro a 2 de dezembro

Como será a premiação
- Cada um dos 18 finalistas irá receber R$ 1,5 mil
-  Cada um dos seis vencedores irá receber R$ 10 mil
- Vencedores pelo Júri Popular irão receber R$ 10 mil, cada
-  As instituições em que atuam os educadores receberão R$ 6 mil, cada

DIÁRIO CATARINENSE
Ricardo Wolffenbüttel / Agencia RBS

Primeira edução do conurso vai distribuir R$ 155 mil para finalistas, vencedores e suas respectivas instituições
Foto:  Ricardo Wolffenbüttel  /  Agencia RBS


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