Vivemos um momento de impasse na educação, precisamos de respostas ou de soluções? Temos dúvidas ou problemas? As carências da educação são tantas que  se torna difícil elencar e/ou priorizar quais as verdadeiras necessidades que permeiam a realidade das escolas e da comunidade escolar.

A cada governo que se instala somos obrigados a acatar mudanças  ditas Projetos político-pedagógicos e que mais parecem projetos partidário-pedagógicos. De quatro em quatro anos, as novidades na educação chegam arbitrariamente e os professores são obrigados a “carregar” o piano, carregá-lo escada abaixo, sem rampas, sem acessos, sem estrutura hidráulica, elétrica, sem funcionários, sem recursos financeiros e humanos que possam dar conta dos “pianos”.

Tablets, palestras, capacitações são realmente importantes para o desenvolvimento da educação, porém, quem está preparado quando não há segurança dentro de uma sala de aula com alunos agressivos, arredios, mal educados, rebeldes, vândalos que colocam em risco professores e funcionários das escolas, que atrapalham  os demais alunos que querem estudar e almejam progredir.

Se a educação realmente fosse prioridade, muito falada em campanhas eleitorais, o profissional da educação deveria ser valorizado e ser provido de condições adequadas para seu trabalho. Pouco tempo para organização e preparo, pois divide sua jornada em 2 ou 3 escolas, é obrigado a circular em salas de aulas super lotadas e às vésperas do inverno não tem direito à vacinação contra a gripe, menos valorizados que os presidiários... somos uma classe desprovida de apoio, de consideração e ainda por conta de decisões de gabinetes dividimo-nos em nomeados e contratados, dando o mesmo sangue pela educação, porém aos segundos, cabe a insegurança da instabilidade, pois um concurso serio não lhes é oportunizado.

Se fôssemos adiante, esse texto transformar-se-ia em um compêndio, assim encerramos o mesmo com a consciência de que paralisar por 1, 2 ou 3 dias é realmente o parar e pensar na educação como realmente ela merece. Nosso apoio aos que, nas diversas escolas do Brasil, pararam pela educação.