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 | 13/02/2013 10h01min

Escolas estaduais irão retomar as aulas em situação precária e até perigosa na Grande Florianópolis

Às vésperas do início do ano letivo, a Hora foi conferir as condições de seis escolas que já foram notícia por problemas estruturais

Gabriela Wolff  |  gabriela.wolff@horasc.com.br

Estrutura precária, forros desabando, mato por todos os lados, fiação exposta e hidrantes quebrados. Essa foi a situação que a reportagem da Hora encontrou, na última semana, em seis escolas estaduais que chegaram a ser interditadas desde 2011, na Grande Florianópolis. A volta às aulas na rede estadual está marcada para o dia 14 de fevereiro, próxima quinta-feira, e as reformas ainda não começaram.

Só em Palhoça, três unidades apresentam problemas de conservação e necessitam de reparos para o início do ano letivo, segundo a Defesa Civil do munícipio. Enquanto isso, alunos terão de continuar a estudar em salas de aula improvisadas, bilbiotecas e ginásios, conforme o relato de professores e pais entrevistados.

Para o presidente da Associação de Pais e Professores (APP) da Escola Anísio Vicente de Freitas, em Santo Amaro da Imperatriz (foto abaixo), é triste ver a que ponto chegou a instituição em que ele estudou e que escolheu para matricular seus três filhos. A unidade, que já teve 800 alunos, neste ano deve receber 500.

 
Fotos: Betina Humeres

— Penso no futuro, em ter uma boa escola para meus netos. A Anísio é um patrimônio da comunidade— lamenta.

Goteiras e forro despencando

Uma das escolas, a Laurita de Souza, em São José, passou por reforma recente, mesmo assim apresenta problemas, como goteiras nas salas de aula e parte do forro despencando.  

Nada de novo após desabamento



Preocupante, é como a direção resume a situação da Escola Básica Vicente Silveira, no Bairro Passa Vinte, em Palhoça. Em novembro do ano passado, três salas de aula vieram ao chão. A única providência tomada até hoje foi a retirada do entulho.

A diretora, Terésia Artifom, afirma que não vai iniciar as aulas caso a área não seja isolada.

— Não vou correr o risco de algum aluno ou até mesmo funcionário se machucar naquele local— explica.

Um verdadeiro piscinão se formou no pátio num buraco onde estava parte da estrutura que desabou.

Dois embargos em Palhoça

A Defesa Civil de Palhoça vistoriou três escolas afetadas no município. O diretor, Diego Schmidt Concado, diz que a Escola Dom Jaime Câmara (foto abaixo) é única liberada.

 

A Vicente Silveira e a Venceslau Bueno precisam se adequar até dia 18. A Promotoria de Justiça da Infância e Juventude entrou com uma ação civil pública contra o Estado, após o desabamento da Vicente Silveira.

Segundo informações do gabinete do promotor da Infância e Juventude, Aurélio Giacomelli da Silva, outra ação está em andamento, relacionada à falta de acessibilidade na Escola Venceslau Bueno.

Risco de acidente na Capital

Em Florianópolis, a Defesa Civil recomendou à direção da Escola Laura Lima, no Bairro Monte Verde, que o refeitório receba novos cabos de sustentação, pois um se rompeu. Segundo o agente da Defesa Civil Marcos Roberto Leal, há risco de desabamento. Só com a reforma, haverá liberação.

Burocracia emperra licitações

Segundo a gerente financeira da Secretaria de Desenvolvimento Regional da Grande Florianópolis (SDR), Loreni Flores, cinco escolas serão reformadas, menos a Laurita de Souza, reformada em 2011. 

— Estamos em licitação e, muitas vezes, esbarramos na burocracia — explica.

Foram liberados R$ 700 mil para limpeza de caixa d'água, fossas, terrenos e troca de maçanetas. Serão providenciados os tapumes e cabos metálicos exigidos.

::: Escolas que sofreram interdição

Florianópolis

Escola Estadual Laura Lima (Monte Verde)

- Interdição: 2012.
- Motivo: duas alas interditadas, estrutura comprometida.
- Situação: licitação aberta no último dia 4 para reforma geral. Estado vai instalar estrutura metálica no pátio.
- Valor: R$ 1,2 milhão.

Santo Amaro da Imperatriz

Escola Básica Anísio Vicente de Freitas

- Interdição: novembro de 2012.
- Motivo: estrutura comprometida em duas alas e interditada até a colocação de tapumes para isolar a área.
- Situação: em licitação para reforma geral prevista para março.
- Valor: R$ 800 mil.

Palhoça

Escola Estadual Dom Jaime Câmara (Bela Vista)
- Interdição: fim de novembro de 2012.
- Motivo: risco de desabamento.
- Situação: Foram feitas melhorias provisórias, mas há uma licitação em andamento para reforma geral, em março.
- Valor: R$ 1,2 milhão.

Escola Estadual Vicente Silveira (Passa Vinte)
- Interdição: novembro de 2012.
- Motivo: três salas desabaram.
- Situação: em licitação para reforma geral, em março. Estado providencia tapumes para isolar a área.
- Valor: R$ 1,9 milhão.

Escola Estadual Venceslau Bueno (Centro)
- Interdição: novembro de 2012.
- Motivo: forro desabando no corredor.
- Situação: em processo de licitação para reforma geral. Obras previstas para 25 de fevereiro.
- Valor: R$ 1,3 milhão.

São José

Escola Estadual Laurita Dutra
- Interdição: 2011.
- Motivo: telhado comprometido em dois pontos.
- Situação: salas afetadas reformadas em 2011. Há quatro infiltrações, goteiras e forro solto.

HORA DE SANTA CATARINA
Betina Humeres / Agencia RBS

Situação é preocupante na Escola Básica Vicente Silveira, em Palhoça
Foto:  Betina Humeres  /  Agencia RBS


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