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Educação Básica  | 24/09/2012 23h47min

Escola estadual se adapta à reforma proposta pelo Conselho Nacional de Educação

Currículo deverá ser organizado com base nas quatro áreas de conhecimento cobradas no Enem

A necessidade da reforma do Ensino Médio escancarada pelo Inep e pela Pnad já está em andamento no Estado. Antecipando-se ao que vem sendo defendido pelo ministro da Educação, o Rio Grande do Sul já reformulou a modalidade nas turmas de 1º ano em todas as 1.053 escolas secundárias estaduais. As inovações serão estendidas ao 2º ano no próximo período letivo e ao 3º em 2014.

— Saímos na frente. Começamos a discutir a reforma no ano passado, com base nas novas diretrizes curriculares do Conselho Nacional de Educação. Há uma grande sintonia com o discurso do ministro, que já manifestou o desejo de conhecer a nossa experiência _ afirma o secretário estadual da Educação, Jose Clovis Azevedo.

O novo currículo, segundo o ministro, deverá ser organizado com base nas quatro áreas de conhecimento cobradas no Enem. Esse discurso casa à perfeição com o que foi implantado no Rio Grande do Sul a partir da constatação de que o Ensino Médio gaúcho apresentava problemas graves.

No Estado, as disciplinas foram reunidas nas quatro grandes áreas, e os professores passaram a trabalhar em conjunto. O objetivo da mudança é mostrar as relações entre as diferentes áreas e aproximar a escola da realidade. Os alunos também fazem seminários nos quais podem desenvolver projetos de seu interesse.

— O que se estimula é a saída da solidão da disciplina. O conhecimento não é isolado. É um processo novo, difícil, porque o professor não foi formado para trabalhar desse jeito. Esse é o nosso grande desafio.

Nas escolas, o período é de ajustamento à nova realidade. No Colégio Júlio de Castilhos, da Capital, a diretora Leda Gloeden revela que ainda não foi possível conseguir a adesão de todos os professores, por haver muitas turmas de primeiro ano.

— É tudo novo. É o primeiro ano da experiência, e é preciso mudar a cultura. Mas os professores estão se engajando, mudando a metodologia. E os alunos passaram a ser protagonistas do processo. Agora eles têm de se manifestar, de trabalhar em grupos. 

Professores e alunos estão em processo de adaptação 

O professor Jorge Fontinel é um dos responsáveis pelos chamados Seminários Integrados em uma turma de 36 alunos do Júlio de Castilhos. Ele afirma que a adoção das inovações é gradual:

— Os alunos e os professores estão em processo de adaptação. Ainda há dificuldades, como a participação dos professores das outras áreas.

Nos seminários, os alunos apresentam projetos a partir de suas experiências e interesses. A partir daí, recebem orientação específica dos professores sobre as áreas do conhecimento que precisam ser percorridas para o desenvolvimento do projeto. A estudante Caroline Vargas Corrêa, 15 anos, elogia a proposta:

— É muito interessante, porque, mesmo sendo mais cansativo, os assuntos são mais aprofundados, e há mais dinâmica na aula.

ZERO HORA
Tadeu Vilani / Agencia RBS

No Colégio Júlio de Castilhos, na Capital, estudantes elogiam propostas
Foto:  Tadeu Vilani  /  Agencia RBS


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