Os 400 alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental Coelho Neto, no bairro Bom Jesus, na Capital, que estudam em contêineres, terão de esperar até o início do próximo ano letivo para darem adeus às calorentas ou congelantes salas de lata. Esta é a nova promessa da Secretaria Estadual da Educação (SEC) para a conclusão das obras em sete escolas da Capital, Gravataí e Caxias do Sul.

Em março deste ano, a secretaria havia dito que todas as escolas que funcionam em módulos habitáveis — alternativa para que os alunos não deixem de ser atendidos enquanto são feitas as melhorias — teriam as obras concluídas, o que não ocorreu.

— Os alunos estão passando trabalho. À tarde, é muito abafado, e é muita gente num espaço pequeno — resume a vice-diretora Lisiane Bestani Pereira.

Desde 2008, pelo menos 10 turmas estão tendo aulas em locais improvisados. Antes dos contêineres, os estudantes foram acomodados em um saguão. Professores e alunos precisam driblar a falta de ventilação, a acústica ruim, que piora quando chove, o cancelamento do intervalo no pátio, além do mau cheiro proveniente do banheiro — que não dispõe de caixa coletora para os dejetos.

— Temos turma com 38 alunos no contêiner, e é insuportável. Agora, no período de matrículas, é pior porque a demanda é grande. Se as salas estivessem prontas, poderíamos oferecer mais vagas — observa Lisiane.

O novo prédio, que está sendo construído, terá cinco salas de aula, salas da direção e professores, biblioteca e sanitários.

A SEC informou que as obras nas escolas que apresentam módulos habitáveis estão em andamento e deverão ser concluídas antes da abertura do ano letivo de 2011, em janeiro ou fevereiro.

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