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O X da Educação  | 05/07/2010 11h44min

Editorial: Formação deficitária

Mesmo acima das metas definidas pelo Ministério da Educação (MEC), as conclusões da segunda edição do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) revelam que o país vem avançando no Ensino Fundamental, mas estagnou no nível médio. Neste nível, porém, o Rio Grande do Sul registrou um avanço, saltando da sétima para a terceira posição no ranking nacional. Ainda assim, os resultados seguem muito distantes dos padrões internacionais. Por isso, precisam ser devidamente avaliados pelo poder público e enfrentados a partir de suas causas, para evitar prejuízos ainda maiores para o país. Além de contribuir para um distanciamento maior nas duas etapas do ensino básico, um avanço mais discreto no nível médio tem implicações importantes na formação dos brasileiros e na própria atividade econômica. São motivos consistentes para que o MEC se disponha a enfrentar de imediato essas diferenças.

A avaliação demonstra que, depois de ter universalizado o acesso ao Ensino Fundamental, levando praticamente todas as crianças em idade escolar para a sala de aula, o país já vem conseguindo acelerar o aumento da qualidade nesta etapa. Nas séries iniciais, isso significa problemas no domínio de habilidades como, por exemplo, o reconhecimento de diferenças no tratamento dado ao mesmo tema em textos distintos. Já nos últimos anos, persistem problemas, por exemplo, para cálculos envolvendo soma e subtração com o uso de parênteses e colchetes ou até mesmo para identificar a intenção do autor de uma história em quadrinhos. Ao mesmo tempo, os resultados referentes ao Ensino Médio demonstram dificuldades ainda maiores diante de desafios como o de diferenciar a parte principal das secundárias em um texto informativo. É difícil imaginar que alunos com falhas desta ordem possam se dar bem no mercado profissional.

O Brasil precisa de mão de obra qualificada para fazer sua economia avançar, o que implica antes de mais nada um desempenho do ensino básico superior ao verificado agora. Deficiências no aprendizado nos níveis registrados na segunda pesquisa do Ideb têm reflexos diretos na produtividade e na competição, fazendo com que o Brasil fique em desvantagem em relação a outros países.

Os resultados, mesmo superando os objetivos oficiais, são frustrantes e preocupam, devendo ser analisados a partir de suas causas reais. A particularidade de os avanços ficarem mais difíceis nas séries nas quais o aprendizado fica mais complexo reforça a necessidade de mais treinamento e melhor remuneração para os professores. Ao mesmo tempo, é preciso que o poder público possa conter a evasão no Ensino Médio, com a aprovação de medidas que estimulem a presença dos alunos por mais tempo em sala de aula.


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