A segunda edição do Índice de Educação Básica (Ideb) mostra que a qualidade do ensino no Brasil melhorou, mas está longe da que é encontrada em países desenvolvidos. A situação mais preocupante é do Ensino Médio, que atingiu nota 3,6. Apesar de estar dentro da meta, o indicador é apenas 0,1 ponto acima do de 2007.

Para o ministro Fernando Haddad, a estagnação não surpreende. Ele argumentou que o país viveu, até o começo da década, um período de “recessão da educação”, com queda de desempenho na área.

– Desde o início, a expectativa era ter uma melhora mais acentuada nos primeiros anos de ensino – disse.

A tendência, acredita ele, é de que com passar do tempo, o ritmo de melhora nos anos iniciais tenha uma queda e das turmas mais avançadas ganhe velocidade:

– Funciona como sistema de onda.

Para o coordenador-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, o reforço na parceria entre governo federal e Estados contribuirá para melhorar o desempenho.

– O problema do Ensino Médio é que ele tem uma alta taxa de evasão, e o Ideb é sensível a esse fenômeno. O que tem que acontecer é uma igual parceria entre governo federal e o Estado, como ocorre entre o Ensino Fundamental e os municípios – afirmou.

Séries iniciais conquistaram os melhores resultados

No Ensino Fundamental, os números são mais satisfatórios. O destaque são as séries iniciais, com o índice de 4,6. Embora pareça pouco expressivo, o indicador significa que elas já atingiram a meta estipulada pelo Ministério da Educação para 2011.

O presidente do Inep, Joaquim José Soares Neto, afirmou que a melhora dos indicadores pode ser atribuída a um avanço em todas as áreas.

– Houve uma melhora das taxas de aprovação, uma redução da evasão escolar, além de um desempenho superior nas avaliações do Inep – disse.

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