| 11/08/2009 14h10min

  Foto: Diego Vara
 Foto: Diego Vara 
Depois que Tcheco demonstrou um certo ciúme de Maxi López, por conta da preferência dos gremistas pelo argentino, mencionei que talvez fosse um bom momento para o Grêmio providenciar um novo capitão. Não pelo deslize verbal. Até o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, um craque da oratória, volta e meia pisa na bola. 
No programa de Jay Leno, espécie de Jô Soares da TV americana em audiência e importância, Obama referiu-se ao seu desempenho sofrível no boliche como um caso paraolímpico. Era para ser uma piada, mas deu a maior confusão. Nem por isso Obama teve sua imagem arranhada, embora deva ter se arrependido da 
tentativa de fazer graça. O queixume de Tcheco ao referir-se a Maxi como bonitinho 
da torcida foi uma gafe, como a de Obama. 
Mencionei a troca do capitão como uma necessidade do clube. Seria apenas a transição de um jogador de 33 anos por outro mais jovem, 26 anos, equilibrado e enérgico na medida certa, respeitado pelos companheiros também por ser de Seleção Brasileira, amado pela torcida e cuja regularidade em alto nível impressiona. E quem seria este novo capitão? 
Falo do goleiro Victor. 
Depois de exigir em público mais pegada de seus companheiros na hora da derrota para o Barueri, como se só ele, Tcheco, fosse o guerreiro incansável na defesa do pavilhão azul, me parece que está na hora de acelerar esta troca de bastão. 
Não existe capitão sem autoridade. E Tcheco, se não a perdeu totalmente, está indo por este caminho. 
O experiente Souza o contestou. O garoto Adilson o contestou, dando a entender que a maioria está com Souza. É 
só ver o exemplo de outros capitães. 
Rogério Ceni, no São Paulo. Mesmo que 
ele diga a maior bobagem do mundo, ninguém o repreende. Quando alguém tentava arrancar de Muricy Ramalho alguma declaração sobre um comentário mais temperado do seu goleiro líder, a resposta era sempre a mesma: "Se o capitão falou, tá falado". O próprio Fernandão, antes de sua saída do Inter. Alguém lembra dele sendo contestado por um jogador? 
Como Souza também fala demais e volta meia se excede, Victor seria a solução ideal. 
Tcheco não se sentiria diminuído. Victor é um gigante no imaginário gremista. Entregar a capitania a ele seria uma honra. Souza aceitaria de bom grado, pelo mesmo motivo. Os mais jovens, então nem se fala. Quem não se espelharia em um capitão prestes a disputar uma Copa do Mundo? 
Pronto, assunto resolvido. Nunca mais o Grêmio correria o risco de desviar o foco do seu trabalho por uma pendenga como esta, entre Tcheco e Souza, seus dois jogadores mais importantes. 
O Olímpico, que sempre se orgulhou de resolver tudo 
internamente, mais parece um Big Brother nesta história. Com Victor, não haveria nada disso. 
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