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 | 05/12/2005 08h53min

Com cofre cheio, Inter promete grande time para a Libertadores

Ainda faltavam cinco horas para o início da partida, mas o presidente Fernando Carvalho estava inquieto. A ansiedade pela decisão da tarde, contra o Coritiba, o deixava aflito. A mão esfregando o rosto a cada minuto comprovava isso. A cadeira parecia ter espinhos. Na suíte presidencial do Hotel Rayon, no 17º andar com vista para o centro de Curitiba, Carvalho falou  sobre os planos do Inter de 2006. Confira os principais trechos da conversa:

Plano de marketing

A Libertadores será aproveitada ao máximo. Nos primeiros três meses, um plano ousado será lançado para mobilizar o torcedor e, é claro, torcer. O parceiro será o novo fornecedor de material esportivo, a Reebok. Uma linha de produtos referentes à competição será lançada. Entre eles, uma camiseta comemorativa à participação. Plano de sócios e carnê de ingressos dos três jogos da primeira fase em Porto Alegre estão descartados. A atual estratégia será mantida. Hoje, o quadro conta com 22,5 mil associados em dia. A meta é chegar a 25 mil em junho e 30 mil até o fim do ano.

– A partir disso, o clube ficaria auto-sustentável – calcula Carvalho.

Sobis não disputa a Libertadores

O US$ 1 milhão (cerca de R$ 2,2 milhões) da venda de Leandrão para o Hyundai, da Coréia do Sul, aliviaram as finanças do Inter. Mesmo assim, um titular sairá no final do ano. O  presidente não confirma o nome, mas a vez é de Rafael Sobis. Sua permanência para a Libertadores está descartada.
O Inter já vendeu metade dos seus 50% para um investidor, por 1,5 milhão de euros (cerca de R$ 3 milhões). Sua outra parte será comprada por um clube da Alemanha. Assim, ele renderia mais 2 milhões de euros para o Inter. Há ainda a possibilidade de Sobis jogar na Inter, de Milão.

Quatro reforços

O torcedor pode preparar a festa. O Inter buscará dois jogadores de primeira linha para completar o time em 2006. Eles serão um zagueiro e um meia com capacidade de organizar o time. Ricardinho, do Santos, pede R$ 260 mil mensais e se tornou inviável. Juan Figger, dono de 80% dos seus direitos, quer levá-lo para a Europa. O zagueiro será um argentino com currículo e valentia suficientes para administrar a área. O clube ainda buscará dois jogadores para completar o grupo.

– Já temos conversas adiantadas e não será absurdo se anunciarmos alguém nos próximos dias – admitiu Carvalho.

Cofre recheado

O dinheiro de Sobis não será o único ingresso de receita no caixa. Haverá incremento de 20% a 25%. O clube termina neste mês o pagamento dos atrasados ao Banrisul. O patrocínio nas camisetas passará, assim, de R$ 150 mil mensais para R$ 500 mil. O contrato termina em maio e há interesse na renovação. O clube recebeu também sondagens de três multinacionais já atuantes no mercado do futebol brasileiro. O novo fornecedor também reforçará o caixa.  São R$ 2 milhões entre dezembro e janeiro. A Libertadores, na primeira fase, deixará US$ 360 mil para o Inter. O orçamento do clube para 2006 chega a R$ 36 milhões.

Volta em dois tempos

O Inter abrirá 2006 em duas etapas. Aqueles que jogaram menos em 2005 ganharão férias menores e sobem para Bento Gonçalves no dia 5. Quem correu mais este ano começa a pré-temporada no dia 7. A idéia é renovar o contrato de quase todos. O grupo será mantido para disputar as duas competições. Gustavo, Perdigão e Ediglê, por exemplo, interessam. Fernando Carvalho aposta na renovação de Jorge Wagner.

– Será como em julho, os russos sempre complicam – observou.

Muricy negocia

Inter e Muricy Ramalho começam hoje ou amanhã as negociações para renovação do contrato por mais um ano. O procurador do técnico, Márcio Rivellino, virá ao Beira-Rio para tratar do assunto. Carvalho mostra cautela. Ressalva que uma negociação sempre possui pontos que precisam ser discutidos. Mas exibe confiança na permanência.

Plebiscito da camisa

Carvalho mantém conversas com conselheiros para realização de um plebiscito entre os torcedores para escolher o modelo da terceira camiseta em 2006. Essa idéia foi lançada no ano passado, mas não evoluiu no Conselho. O Inter pretende faturar com um modelo novo de camiseta e escora-se nas vendas deste ano. O recorde foi do uniforme de treino, que usava as cores vinho e laranja. Para a próxima temporada, cresce a possibilidade de o clube oferecer, enfim, a camiseta cinza.

Chiquinho, o acréscimo

A volta do lateral-esquerdo, depois de uma temporada inativo, é saudada pelo presidente. Na sua opinião, Chiquinho é fundamental para a equipe. 

– É um jogador diferente, vai nos ajudar muito em 2006 – previu o presidente.

LEANDRO BEHS E LEONARDO OLIVEIRA/ZH
 
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