A simpática ararinha Blu, da animação Rio, está voando na imaginação de muitos brasileiros. O filme, que estreou no início deste ano nos cinemas do mundo todo, conta a trajetória de um macho de ararinha-azul, ave exclusivamente brasileira, que é traficada para os EUA e, por acaso, acaba nas mãos de uma menina americana.

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Blu cresceu domesticado, por isso, não sabe voar. Certo dia, aparece Túlio, um ornitólogo brasileiro que quer levar o pássaro para o Rio de Janeiro a fim de acasalá-lo com Jade, a fêmea que cria em cativeiro. A ideia é evitar a extinção da espécie, a Cyanopsitta spixii, da Caatinga Brasileira, que, apesar dos esforços de alguns conservacionistas, no final do século passado, já está extinta na natureza.

Na história, Blu e Jade são um pouco diferentes, apesar de, na verdade, o macho e a fêmea dessa espécie serem exatamente iguais. Foi um recurso didático utilizado pelo diretor Carlos Saldanha para diferenciar os dois. Outra pequena distorção da obra é em relação ao local onde viveriam esses animais. A espécie não é encontrada na Mata Atlântica.

Rio é um filme muito divertido e, ao fim, tudo dá certo. Outras histórias, porém, infelizmente, são bem reais, como a extinção das diferentes espécies da arara-azul e a problemática do comércio ilegal de aves e a destruição de hábitats no país.

O primeiro passo para conservar a natureza, defendem muitos ambientalistas, é conhecê-la melhor. Inspirado nisso, o Nosso Mundo traz a ficha completa da ararinha-azul. Confira.

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Saiba mais

- Para proteger e pesquisar essas espécies, foi criado o Projeto Arara-Azul, que tem dois centros de visitantes durante o ano inteiro, no Pantanal de Miranda e no Refúgio Ecológico Caiman.

- O projeto também recebe visitantes de outras regiões do país desde 2006 para estimular o turismo de observação e o ecoturismo no Pantanal.