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Reciclagem  | 18/05/2011 06h13min

Porto Alegre pode receber centro de reciclagem de lixo eletrônico

Iniciativa da Inovapoa em parceria com a Cetrel, projeto não tem prazo para implantação

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A prefeitura de Porto Alegre e a empresa baiana Cetrel, do Grupo Braskem, irão preparar um projeto piloto para que a capital gaúcha seja a primeira cidade brasileira a implantar um sistema de coleta, triagem e reaproveitamento de resíduos tecnológicos. Não há previsão para implementação do plano.

A ideia foi debatida no Meeting de Tecnologia da Federasul nesta terça-feira. O evento recebeu o coordenador-geral do Inovapoa, Newton Braga Rosa, e o líder de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Cetrel, Alexandre Machado. Conforme os palestrantes, Porto Alegre foi selecionada por estar avançada em relação ao processo de logística, com as cooperativas de triagem e reciclagem já existentes. Eles afirmaram que a logística ainda é o grande empecilho para o Brasil investir nesse processo, que há anos é aplicado em outros países mais desenvolvidos, e por isso estão buscando parceria com diversas entidades.

— Atualmente um metro cúbico de resíduos eletrônicos vale de 20 mil a 25 mil dólares. Isso significa que reciclar é ainda mais vantajoso, sobretudo por causa dos metais nobres, como ouro, cobre e paládio contidos nas placas eletrônicas — explicou Machado.

Para Newton Rosa, além de ser economicamente rentável, a iniciativa atende à Lei Federal da Logística Reversa, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos.

— A prefeitura está empenhada neste projeto e já em dezembro do ano passado deu o primeiro passo com a realização de uma feira de recolhimento de computadores descartados — lembrou.

O representante da Cetrel apresentou ainda um levantamento mostrando que, com o volume de lixo eletrônico descartado no Brasil — atualmente em 996,8 mil toneladas por ano —, seria possível atingir um faturamento anual de, no mínimo, R$ 6 bilhões se for processado apenas o ouro contido nestes resíduos:

— Estamos vendendo para o Exterior ouro, prata, e uma lista de 14 metais nobres contidos nas placas eletrônicas como lixo, que poderia ser reaproveitado produzindo riqueza para o nosso país.

A reunião almoço foi coordenada pelo foi mediado pelo vice-presidente da Federasul e coordenador da Divisão de Tecnologia da entidade, Jaime Wagner.

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Via Federasul.

Julio Cordeiro / 

Capital gaúcha pode receber centro de reciclagem de lixo eletrônico
Foto:  Julio Cordeiro


 

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