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Recursos Naturais  | 21/03/2011 08h13min

Menos água na produção da indústria

Diferentes setores da indústria, do automobilístico ao de produtos de higiene e limpeza, já buscam o uso mais racional do recurso. É economia no bolso e para o planeta

Depois de descobrirem que suas ações podem afetar de forma direta as mudanças climáticas, com a emissão de gases como o CO2, muitas das grandes empresas voltam-se agora para o uso da água potável.

A possibilidade de escassez e de aumento no custo do recurso são algumas das razões que fazem com que muitos processos industriais sejam aprimorados para reduzir o consumo de água.

Paralelamente, o conceito de pegada hídrica, desenvolvido pelo holandês Arjen Hoekstra, analisa o volume utilizado em todo o ciclo de vida de bens de consumo até a possibilidade de poluição.

Mais desenvolvido em países europeus como Grã-Bretanha e Espanha, o conceito da Water Footprint começa a chegar ao Brasil em empresas como a Ambev e a Natura.

Nesse sentido, Hoekstra lembra que quase todos os produtos têm uma pegada hídrica - menor ou maior -, que é de interesse tanto dos consumidores que os compram quanto das empresas que os produzem.

- O próximo passo é um aprimoramento da base legal do projeto - afirma Samuel Barreto, coordenador do Programa Água para a Vida, da ONG WWF.

Mas muita gente que ainda não está calculando sua pegada já começou a agir. É o caso da Unilever, que iniciou seu sistema de gestão ambiental no início da década de 90 e hoje quer conscientizar consumidores do desperdício.

O reaproveitamento da água em algumas etapas do processo produtivo e o lançamento de novos produtos que usam menos águas, são algumas das ações.

A ideia de reaproveitar ao máximo a água utilizada para construir um carro fez com que a fábrica da General Motors em Gravataí (RS) se tornasse um exemplo mundial.

Os 4,77 metros cúbicos de água usados para fabricar um veículo tiveram uma redução de cerca de 80%. Hoje, com apenas um metro cúbico, a empresa fabrica o mesmo automóvel.

E mesmo em áreas complicadas como a do vestuário é possível inovar. A Hanesbrands instalou um sistema de ultrafiltração no final do seu processo de tratamento de efluentes.

O resultado é cerca de 650 mil litros de água filtrada e reaproveitada em jardins e vasos sanitários todos os meses.

- Reduzir a pegada hídrica pode ser parte da estratégia ambiental ou de sobrevivência de uma empresa - afirma Hoekstra.

ZERO HORA
 

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