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 | 01/03/2011 02h19min

Ciclistas protestam em São Paulo em solidariedade a vítimas de atropelamento coletivo na Capital

Ato foi realizado na Avenida Paulista, na noite de segunda-feira

Um grupo de ciclistas de São Paulo realizou um protesto na noite de segunda-feira em solidariedade às vítimas do atropelamento coletivo ocorrido na última sexta-feira na Rua José do Patrocínio, no bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre. A mobilização aconteceu na Avenida Paulista.

Os ciclistas simularam o episódio ocorrido na semana passada, deitando sobre o asfalto entre as bicicletas. No final da tarde desta terça-feira, o movimento Massa Crítica realiza um protesto em Porto Alegre. Eles devem sair do Largo Zumbi dis Palmares e pedalar até a prefeitura.

Também hoje, os pedidos de prisão preventiva do motorista que atropelou ciclistas na sexta-feira na Capital, feitos pela Polícia Civil e pelo Ministério Público Estadual, devem ser avaliados pela Justiça.

O juiz de plantão fez uso na noite de segunda-feira de uma resolução do Conselho Nacional de Justiça para decidir pela distribuição dos pedidos em uma vara criminal de Porto Alegre, o que deve ocorrer pela manhã. O plantonista considerou que o pedido não é urgente, dado que o fato ocorreu na sexta-feira.

Os pedidos de prisão de Ricardo Neis, 47 anos foram encaminhados á Justiça na noite de segunda-feira. Para o MP, representado no caso por meio dos promotores Eugênio Amorim e Lúcia Helena Callegari, as imagens da internet somadas ao histórico de infrações graves no trânsito revelariam um perfil violento do condutor.

— Ele tem multas por dirigir na contramão, em cima da calçada e outras infrações graves. Precisa ser preso, pois não há justificativa para o que fez — explicou Amorim.

Conforme o promotor, o caso foi um crime doloso (com intenção de matar) e duplamente qualificado, por ter sido cometido por motivo fútil e por um meio que impossibilitou defesa das vítimas.

Neis prestou depoimento na Delagacia de Crimes de Trânsito na segunda-feira e depois concedeu uma rápida entrevista. Ele afirmou que foi cercado pelos manifestantes e que se sentiu ameaçado, por isso tomou a decisão de avançar com o veículo.

O bancário garantiu que não teve a intenção de atropelar os ciclistas, mas tentou fugir depois que um grupo começou a bater no seu carro. Questionado se tomaria a mesma atitude novamente, ele afirmou que "nem teria saído de casa".

VÍDEO: o momento do atropelamento


 
Entenda o caso:

Na sexta-feira, 25 de fevereiro, pouco depois das 19h, pelo menos 15 ciclistas foram atingidos por um Golf, na Rua José do Patrocínio, na área central de Porto Alegre. Oito deles foram encaminhados ao Hospital de Pronto Socorro e liberados algumas horas depois. O motorista fugiu do local. O carro foi encontrado na madrugada de sábado, abandonado em um bairro da zona leste da Capital.

O motorista foi identificado pela polícia como Ricardo Neis, 47 anos, bancário. Na segunda-feira, 28 de fevereiro, Neis se apresentou à Polícia Civil e alegou legítima defesa dele e do seu filho de 15 anos.


Veja no mapa o local do atropelamento:


Exibir mapa ampliado

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