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Ambiente  | 06/02/2011 15h30min

Vacas leiteiras mestiças podem ser criadas sem produtos químicos, mostra estudo

Trabalho acompanhou desempenho produtivo em alguns animais do rebanho que recebia medicamentos homeopáticos

É possível criar vacas leiteiras mestiças (europeu x zebu) sem uso de produtos químicos, somente com um bom manejo alimentar e sanitário e o uso de produtos homeopáticos. É o que mostra trabalho realizado no setor de bovinocultura leiteira da Estação Experimental do Polo Alta Mogiana da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, que fica em Colina (SP).

O trabalho "Aspectos produtivos e sanitários de vacas mestiças leiteiras tratadas com produtos homeopáticos" é de autoria do pesquisador Ricardo Dias Signoretti, do polo, com a colaboração da pesquisadora Cecília José Veríssimo (Instituto de Zootecnia -iz/Apta) e a participação de alunos do Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos.

O estudo acompanhou o desempenho produtivo (produção e qualidade do leite e desempenho dos animais), bem como a infestação de carrapatos, mosca-do-chifre e vermes e a incidência de mastite em alguns animais do rebanho que recebia medicamentos homeopáticos. O rebanho era bem manejado do ponto de vista nutricional e sanitário, sendo o leite ordenhado conforme as normas de boas práticas de ordenha.

Segundo os autores, não foi necessário aplicar nenhum produto químico durante a lactação das vacas (foram nove meses de observação), seja para controlar os parasitos, seja para o controle da mastite, os dois principais problemas sanitários dos bovinos de leite. Os produtos químicos usados para o controle dessas doenças (parasiticidas e antibióticos), além de caros, podem causar contaminação do leite e do meio ambiente. Além disso, os antiparasitários frequentemente intoxicam as pessoas que os aplicam.

– O uso de homeopatia nos animais vem crescendo nos últimos anos. Essa prática não causa danos ao ambiente, aos animais e nem às pessoas que lidam com os animais, além de não provocar estresse, pois o medicamento é adicionado ao alimento ou no sal mineral – dizem os pesquisadores.

Segundo eles, a prática – que vem sendo bastante incentivada em sistemas de leite no sul do país – deve intensificar-se, cada vez mais, também na região Sudeste e em todo o Brasil, pois a sociedade tem exigido produtos de origem animal de qualidade, sem resíduos de antibióticos ou produtos químicos.

O artigo foi publicado na revista Arquivos do Instituto Biológico.

SECRETARIA DE AGRICULTURA DE SP
 

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