| 01/11/2007 07h54min
O Grêmio não jogava mal, era até melhor do que o Atlético quando Ferreira, em drible curto sobre William, abriu o escore. Mal havia começado o segundo tempo. Era possível reagir, desde que Tcheco não se desestabilizasse e fosse expulso em jogada comum, por reclamações reiteradas. O capitão do time, que ontem completava cem jogos com a camisa do Grêmio, mais uma vez mostrou-se sem controle e comprometeu o Grêmio no jogo e, quem sabe, na próxima partida, quando cumprirá suspensão automática. Depois veio o segundo gol atleticano, um totó de bola dos paranaenses e assim o jogo terminou. Poderia ter sido pior, com outras expulsões. E houve quem, no Grêmio, tenha provocado o cartão vermelho. Enfim, mais uma derrota do Grêmio, longe do Olímpico. 
Nova chance 
A graça de um campeonato longo é a reiteração da esperança que este tipo de competição contém. 
Esta noite, no Beira-Rio, o Internacional leva para campo a renovada 
expectativa da sua torcida de que poderá apresentar um 
bom desempenho com vitória convincente. Apenas a instabilidade da equipe inibe que se proclame o favoritismo do time de Abel Braga. 
Derrotar o Sport, além de possível, é inadiável obrigação do Inter. Para emendar duas vitórias é preciso começar pela primeira. Pode ser esta noite. 
Esperançosos 
Centenas de e-mails têm entupido a minha caixa de mensagens, enviados por colorados que expressam revolta, indignação, mas não perdem a esperança. 
Nesta torcida está a Irmã Angelina, diretora do Colégio Nossa Senhora da Glória, que, soube, sonha em vermelho e branco. 
Quem sabe as orações da religiosa não iluminam o Abel Braga e os seus jogadores? 
Cobranças 
Desta vez o presidente colorado, Vitorio Piffero, deixou o seu gabinete e desceu ao vestiário principal do Beira-Rio para cobrar resultados. Com uma folha de pagamentos em 
torno de R$ 3 milhões mensais, não é cabível a campanha que o time vem fazendo. 
Depois da reunião, 
Abel Braga se encarregou de embaralhar tudo e apresentar o pior dos diagnósticos: 
— Temos que entrar com atitude bem mais forte do que aquela de domingo — disse o treinador. 
Ora, se o problema do Inter se resume à atitude dos jogadores, então está na hora de contratar um psiquiatra, profissional habilitado para tratar deste tipo de problema. 
O diabo é que teimam em colocar a carroça na frente dos bois. 
A atitude é a causa dos maus desempenhos ou o time joga pouco por erros de escalação e orientação e fica parecendo desmotivado? É nesta última especulação que este colunista coloca todas as suas fichas. 
Culpar os jogadores por "falta de atitude" revela, no mínimo, que sabem o que está acontecendo ou é manobra diversionista para tirar de foco outras responsabilidades.
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