| 18/09/2007 23h13min
A zaga do Grêmio tem um sotaque peculiar há algumas rodadas. Desde que Leo e William passaram a formar a dupla titular, pouco depois da saída do argentino Schiavi, o setor defensivo fala manso, cantado e corta pedaços de todas as palavras. Além deles, o reserva Matheus, contratado junto ao Ipatinga, também é mineiro. 
O dicionário abaixo foi feito com base em expressões usadas por Leo, segundo o próprio jogador, a namorada dele, Ângela, e o colega Revson, lateral-esquerdo do time júnior com o qual ele divide apartamento. Típico "mineirim", o autor do gol do último Gre-Nal é tranqüilo e até tímido para falar, bem diferente da rapidez e da disposição que demonstra quando entra em campo. 
Diante da câmera de zerohora.com, porém, ele e William deixaram de lado o acanhamento e mostraram desenvoltura ao falar da diferença de hábitos. Tanto que até cantaram trechos de músicas, uma gaúcha e outra mineira. 
O jovem Leo, 19 anos, conta que tinha dificuldades 
para entender o que alguns treinadores 
falavam logo que chegou a Porto Alegre, aos 12: 
— Aqui eles falam bonito, usam as palavras inteiras — explica. 
Evangélico, usa antes da metade das frases que diz no dia-a-dia a expressão "eita, Jesuis!", exclamação pela qual é conhecido entre os amigos. 
O MINEIRÊS SEGUNDO LEO
Bão — bom 
Ocê ou cê — você 
Cuié — colher 
Muié — mulher 
Bunitim, legalzim, joguim — bonitinho, legalzinho, joguinho 
Trem — qualquer coisa 
Trem bão demais da conta — qualquer coisa muito boa 
Mexerica — bergamota 
Mandioca — aipim 
Pó pô pó? Pó pô — Pode pôr pó? 
Pode pôr 
Da gota — serve para quase qualquer comentário, geralmente negativo. Por exemplo, se um filme é triste, "Eita filme triste da gota!" 
Cê tá bão? — Você está bem? 
Outras 
exclamações usadas freqüentemente: eita, sô, uai 
Uma frase tipicamente mineira: "Eita, a muié qué que eu prove esse trem ruim da gota, uai!" 
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