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Comunidade  | 07/02/2011 21h17min

Lula pede que a África tome consciência de sua força

Ex-presidente falou hoje no Fórum Social Mundial, em Dacar

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu hoje que a África tome consciência de sua força, em um momento em que a esperança de um novo mundo renasce em Túnis, no Cairo, e em tantas outras cidades africanas, durante seu discurso no Fórum Social Mundial (FSM) de Dacar.

Lula, fiel ao encontro daqueles que propõem uma alternativa à globalização desde o primeiro FSM, organizado em Porto Alegre, em 2001, afirmou que, em apenas 10 anos, os "dogmas liberais se quebraram".

- Na América do Sul, mas principalmente nas ruas de Túnis, Cairo e outras tantas cidades africanas, renasce a esperança de um novo mundo - declarou Lula. - Milhões de pessoas estão se mobilizando contra a pobreza a que estão submetidas, contra a dominação dos tiranos, contra a submissão dos seus países à política das grandes potências.

Após lembrar que o Brasil abriga a segunda maior comunidade negra do mundo, atrás da Nigéria, Lula insistiu que África tome consciência de seu "futuro extraordinário com seus 800 milhões de habitantes e seu território imenso e rico", explicando que o continente poderá construir sua "independência em matéria de produção de alimentos".

O ex-presidente brasileiro sustentou que "a ordem econômica mundial não será mais moldada por algumas economias dominantes".

- Os países ricos nos consideravam periferias problemáticas e perigosas. Mas aqueles que, com arrogância, davam lições sobre a forma como tínhamos que administrar a nossa economia não foram capazes de evitar a crise — acrescentou.

Mais cedo, Lula destacou a necessidade de um novo modelo de desenvolvimento mundial, em uma reunião com a líder socialista francesa Martine Aubry.

O 11º Fórum Social Mundial (FSM), além de receber o presidente Lula, dedicou seu segundo dia de trabalhos à África e, entre as várias oficinas e debates organizados no FSM, o enfoque foi o "neocolonialismo" no continente, depois de 50 anos de independência, assim como a luta contra a especulação pelo controle de terras.

Esta é a segunda vez desde a sua criação, em 2001 em Porto Alegre, que o Fórum é realizado na África.

AFP
 

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