Impossível não ser transportado para o clima de suspense e mistério dos filmes policiais dos anos 1940 ao adentrar o lounge projetado pela arquiteta Ingrid Stemmer. Em predominante preto e branco e com tonalidades de cinza, o Cinema Noir propõe um cenário de filmagem das películas da época, inspirado na vertente que dá nome ao espaço de 120 metros quadrados.

— Os filmes do cinema noir eram feitos com efeitos de luz e sombra que contrastavam ainda mais o uso do preto e branco. Então, empreguei esses elementos com uma luz cênica para recordar os estúdios de filmagem da época e criar um clima de mistério no ambiente — explica Ingrid.

Depois de ser recepcionado por uma alva parede, com a luminária Long & Hard do designer Philippe Starck embutida, o visitante acessa o grande lounge, iluminado por spots direcionáveis em estrutura metálica. Vista por entre as persianas dos janelões, a pintura à óleo com imagem noturna de um casal, do artista plástico Leonardo Canto, remete à cena clássica dos filmes noir na qual o espectador tem a visão de um crime ou ação por trás de venezianas.

No estar, os tons de preto, cinza e branco estão presentes desde os móveis em laca e vidro até os tecidos do tipo tweed e buclê de estofados e banquetas. Referência do mobiliário das décadas de 1940 e 1950, o pé palito surge nos sofás brancos com assento em capitonê e nas luminárias de piso com difusor em tecido, de Philippe Starck.

Molduras de madeira criam boiseries francesas na parede da lareira, revestida com mármore bardiglio imperiale. Ali, destaque para a Poltrona Mole, de couro branco, desenhada pelo designer Sergio Rodrigues.