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 | 28/12/2008 14h10min

Inter espera fechar ano como um dos clubes mais rentáveis do país

Balanço ainda está em aberto, mas dirigentes acreditam ter superado marca positiva de 2007

Márcio Ramos Luiz | * colaborou Diego Guichard  |  marcio.luiz@rbsonline.com.br

Clube mais rentável do Brasil em 2007, com quase R$ 19 milhões de lucro, o Inter acredita que pode ter repetido ou até mesmo superado esse desempenho em 2008. O balanço deste ano ainda não foi concluído, mas a direção tem certeza que fechará o ano no azul. E, nesse caso, a cor do rival representa algo bom.

– Com certeza vamos encerrar o ano de uma forma positiva – garante o vice-presidente de finanças, Pedro Antônio Affatato. – Mantemos a mesma política do ano passado e tivemos uma suplementação de verba – acrescenta o dirigente.

A verba suplementar a que Affatato se refere foi obtida com a venda de jogadores. Fernandão (Al-Gharafa-CAT), Renan (Valencia-ESP), Sidnei (Benfica-POR) e Wellington (Hoffenheim-ALE) renderam quase R$ 35 milhões aos cofres do clube. O que ajudou a receita prevista subir de R$ 80 para quase R$ 120 milhões.

Foi esse montante que possibilitou ao Inter bancar a permanência do atacante Nilmar, negando ofertas de clubes europeus, e trazer reforços de peso como D’Alessandro. Contratado em parceria com o Grupo Sonda, o argentino custou quase R$ 17 milhões. Também chegaram jogadores como Daniel Carvalho, Rosinei e Bolívar, entre outros.

O bom resultado obtido nos últimos anos deixou o Inter bem próximo do modelo de gestão com o qual o clube pretende trabalhar nos próximos anos. O objetivo é subsidiar o futebol com recursos próprios, sem a necessidade da venda de jogadores. Ou seja, os craques devem permanecer no Beira-Rio por mais tempo.

– Hoje temos uma estrutura de arrecadação que cobre quase que totalmente o custo operacional do clube. Não precisamos mais vender atletas para poder sobreviver. Encaramos a venda de jogadores como um negócio – afirma Affatato.

Para que esse sonho se torne realidade, o Inter conta com a fidelidade de seu quadro social. Atualmente, os cerca de 80 mil sócios depositam nos cofres do clube cerca de R$ 2,5 milhões por mês. A meta para 2009, ano do centenário colorado, é aumentar o quadro social para 100 mil torcedores e elevar essa receita para mais de R$ 3 milhões mensais.

Mas é no patrimônio que o Inter deposita as fichas. Os planos são ousados: o clube quer subsidiar o futebol com o Beira-Rio. Por isso, tem investido forte no estádio, com a reforma de camarotes e suítes, por exemplo. Só o estacionamento garante uma renda anual superior a R$ 1 milhão. A remodelação será feita com recursos do próprio clube.

– Nessa fase inicial, a gente quer pagar o investimento com o aumento da receita. Para o futuro, acreditamos que podemos subsidiar o futebol como um todo. Esse é o nosso objetivo – revela o dirigente.

Com um passivo trabalhista praticamente zerado, a única preocupação do Inter é com o fracasso da Timemania. A loteria criada pelo governo federal para ajudar os clubes a saldarem suas dívidas fiscais com a União não atingiu o resultado esperado no primeiro ano de vida. O ministro do Esporte, Orlando Silva, estuda mudanças para 2009.

Mas seja qual for o futuro da Timemania, os colorados têm motivos para ficaram otimistas. No ano em que completará 100 anos de vida, o Inter terá dinheiro em caixa para organizar uma grande comemoração e, principalmente, investir no futebol. E soma de dinheiro em caixa mais craques em campo quase sempre dá no mesmo resultado: títulos.

– Apesar da crise mundial, a gente uma perspectiva muito boa para o ano do nosso centenário. Principalmente porque a gente se preparou para isso. A gente fez um trabalho muito forte na área de marketing, do quadro social, etc. Temos receitas que nos garantem certa estabilidade – encerra Affatato.

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Fernando Gomes / Agência RBS

Dinheiro da venda de jogadores, como Fernandão (D), garantiu permanência de Nilmar (E) e Guiñazu
Foto:  Fernando Gomes  /  Agência RBS


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