| 22/05/2006 07h13min
Assegurar a convenção oficial do PMDB em 11 de junho. Essa é a missão mais urgente do grupo que prepara o lançamento do senador Pedro Simon ao Palácio do Planalto esta semana. Se os peemedebistas contrários à candidatura própria forem vitoriosos no plano de adiar a reunião para o dia 29, será praticamente impossível manter o senador na disputa presidencial. 
O ex-presidente Itamar Franco deve retirar hoje a pré-candidatura presidencial para aderir ao gaúcho e concorrer ao Senado por Minas Gerais. Mesmo com a adesão estratégica, haverá pressão pelo adiamento da convenção para enfraquecer a tese de que o melhor para o PMDB é ter candidato próprio. 
No fim de junho, os arranjos regionais com PT ou PSDB já estariam sacramentados. Com a verticalização (regra que obriga Estados a respeitarem as alianças seladas para a Presidência), os Estados dificilmente iriam aceitar um projeto presidencial próprio, contrariando interesses regionais às vésperas da 
eleição. 
– Simon é um nome 
incontestável pela sua história e ética. Entretanto, ele será aprovado como candidato se o teste ocorrer no dia 11. Essa é a condição para o projeto decolar – avalia o vice-presidente nacional do PMDB, Eliseu Padilha. 
A expectativa é de que Simon seja oficializado como candidato até amanhã, tendo como vice o ex-governador do Rio Anthony Garotinho. Mesmo com desconforto de setores do partido, o nome deve ser confirmado porque Garotinho foi o primeiro a lançar o senador na convenção extraordinária em 13 de maio. Além disso, tem o controle do PMDB no Rio e votos decisivos entre os convencionais de outros Estados. 
Enquanto correligionários costuram apoios, Simon irá se aproximar de Renan Calheiros (AL) e José Sarney (AP), que tentam sabotar a mobilização. 
– As conversas começarão na terça-feira com a chegada de Orestes Quércia (presidente do PMDB de São Paulo) dos Estados Unidos. Estou mais assustado do que animado com a idéia – afirma 
Simon. 
Hoje, o deputado 
federal Cezar Schirmer e o vereador da Capital Ibsen Pinheiro - que trabalham para viabilizar Simon - devem esboçar uma agenda de ações. 
– Iremos decidir como convencer os peemedebistas de que a convenção deve ocorrer no dia 11 – diz Schirmer. 
Ibsen avalia que garantir o respaldo oficial de São Paulo, Minas Gerais e Rio ao projeto é fundamental: 
– Não podemos nos antecipar e correr o risco de tropeçar. Com esses apoios, daremos os passos seguintes. 
Distante dos acertos, o governador Germano Rigotto destaca que há um espaço que o senador pode suprir: 
– Temos é que fazer um trabalho para consolidar o nome do senador até a convenção de junho. Eu acredito que isso irá ocorrer. 
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