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Lya Luft

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Além de romancista aclamada pela crítica, Lya Luft tornou-se, nesta década, uma das escritoras mais populares do país, após a publicação do best-seller Perdas e Ganhos. Nasceu em Santa Cruz do Sul em 15 de setembro de 1938 e começou sua carreira na literatura nos anos 1960, como tradutora de títulos do inglês e do alemão (de Virginia Woolf, Rainer Maria Rilke, Hermann Hasse, Doris Lessing e Thomas Mann, entre outros). Formada em letras anglo-germânicas, estudou também literatura brasileira e linguística aplicada. Seus primeiros livros são as coletâneas de poemas Canções de Limiar, de 1964, e Flauta Doce, de 1972. Matéria do Cotidiano, seu primeiro volume de contos, saiu em 1978. Entre seus livros mais destacados estão As Parceiras, Reunião de Família e O Rio do Meio. Depois da publicação de Perdas e Ganhos, em 2003, alcançou sucesso de público com obras de não ficção, como Pensar É Transgredir, e ficção, como a coletânea de contos O Silêncio dos Amantes. É colunista da revista Veja. Em 2010, lançou o ensaio Múltipla Escolha.

ZH — Você começou escrevendo poemas, depois vieram os livros de contos e, atualmente, além disso, dedica-se ao romance e a ensaios. Em que tipo de narrativa se sente melhor?

Lya — Considero-me sobretudo uma ficcionista. Neste momento inclusive começo um romance, chamado, eu acho, Uma História de Assombros. Mas também publiquei livros de crônicas (Pensar É Transgredir, aliás, tem crônicas escritas na ZH) e de ensaio, um tipo de ensaio não acadêmico, mais conhecido na Europa e nos EUA, menos usual no Brasil (Perdas & Ganhos e, mais recentemente, Múltipla Escolha, títulos que, seguindo o sentido original do termo "ensaiar", discorrem sobre certos temas). Me sinto bem em qualquer gênero, também o infantil, que me diverte muito. Mas,quanto aos resultados que alcanço, procuro nunca pensar neles: é sempre um mistério.

ZH — Hoje você é uma das autoras mais lidas do país. Fez alguma diferença para alcançar esse status o fato de morar em Porto Alegre? Você pensa em, algum dia, mudar-se para Rio ou São Paulo?

Lya — Escolhi sempre morar em Porto Alegre.Vivi dois anos e meio no Rio, no fim da década de 1980, mas decidi voltar. Para o meu trabalho, acho que não faz diferença. Também não faço nenhuma social na área literária, sou um pouco fóbica quanto à exposição demais. Aqui, posso ficar mais reservada, como gosto. Posso ter uma vida mais tranquila, e curtindo melhor meus afetos.

ZH — Quando escreve, em que medida você pensa no leitor? Você prevê quem vai ler o seu livro?

Lya — Não penso muito nos possíveis leitores ao escrever. Conto histórias para mim mesma. Mas, ultimamente, de vez em quando o leitor me aparece, vagamente, sem rosto, sexo, idade, como um amigo imaginário, com quem converso. É algo lúdico, por mais que eu reescreva dezenas de vezes, busque a melhor palavra, seja exigente comigo mesma e procure antes de tudo a simplicidade (sofisticada) para atingir mais diretamente esse possível leitor.

Romancista gaúcha é uma das escritoras mais populares do Brasil. Veja vídeo

 
 

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