Conteúdo: expointer-2010 | 04/09/2010 13h42min
O Brasil é um dos maiores exportadores de alimentos do mundo. Apesar disso, o comércio exterior se baseia principalmente nas commodities. Para a diretora de inovação da Unisinos, Suzana Kakuta, o setor é fortemente afetado por questões externas, como o clima, e isso pode ser um risco.
Novas alternativas, baseadas nas exigências da população, podem render bons lucros. Este é o caso da nutracêutica, conhecida como o alimento funcional, ou seja, aquele com nutrientes capazes de prevenir doenças e melhorar a saúde. E há uma vasta gama de produtos a serem explorados.
Como é o caso do arroz. Nos Estados Unidos, o cereal já é fortemente utilizado em outros produtos, como sorvete e até mesmo leite. Este novo nicho de mercado tem sido bastante lucrativo.
– Hoje é preciso agregar valor aos produtos. Isso se faz através de inovação, ou seja, na criação de novidades para a comercialização.
As novas propostas e estratégias de marketing para o desenvolvimento e comércio do agronegócio foram discutidas neste sábado, dia 4, no evento, que ocorreu na CASA RBS durante a Expointer 2010. O evento foi feito em parceria com o Instituto Universal de Marketing em Agribusiness (I-Uma).
Para o diretor da Apex-Brasil, Alberto Bicca, a propaganda através da criação de marcas fortes também pode agregar valor. Muitas vezes, compra-se também pelo nome, não somente pela qualidade. Diferentes maneiras de divulgar produtos brasileiros, com a intenção de vender também uma ideia, podem render bons lucros. Bicca citou durante o evento, a recente mudança nas propagandas sobre o vinho. A bebida, que antes era vista como tradicional, com cenários sofisticados e pessoas mais maduras, hoje é vendida também como um produto moderno, alegre e para jovens.