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 | 05/01/2010 20h33min

Três assentamentos em Uberaba continuam improdutivos

Incra avança comprando terras no Triângulo Mineiro

Atualizada às 20h44min Marcelo Lara | Uberaba (MG)

Depois da conquista da terra, as famílias continuam vivendo embaixo de lonas sem produzir no Triângulo Mineiro. O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) avança comprando terras em Uberaba (MG) e três assentamentos já existentes continuam improdutivos.

A fazenda Inhumas está em processo de desapropriação. De acordo com o edital do Incra são 890 hectares. Com as benfeitorias, a propriedade foi avaliada em R$ 4,4 mil. A rotina parece normal, com os vaqueiros movimentando o rebanho. Porém, na entrada da fazenda estão 73 famílias acampadas.

A disputa começou em 2008 e, antes do MST, outro movimento ligado à Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Minas Gerais (FETAEMG) também estava reivindicando as terras. Para quem briga na justiça, a disputa se revela uma imposição em preço e motivo para desapropriar em nome da reforma agrária.

A desapropriação acontece no município que tem atualmente o quinto PIB Agropecuário do país, é o décimo produtor de leite, e terceiro maior produtor de milho. Mesmo neste cenário, há assentamentos que continuam improdutivos.

São mais de dois mil hectares em assentamentos que foram criados entre 2002 e 2005. A maioria dos assentados não tem casa nem energia elétrica. O secretário da Agricultura de Uberaba, José Humberto Guimarães, que trabalha com agronegócio há quase 50 anos, vem acompanhando esta situação de perto. Ele chama a burocracia do Incra de uma corrida de obstáculo. Para o secretário, a entidade é incompetente na hora de administrar os recursos.

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