| 09/08/2008 14h53min
O jogador D´Alessandro, que espera estreiar na próxima semana na equipe do Inter, afirmou em entrevista exclusiva à Rádio Gaúcha que não vai usar nada com azul, numa provocação aos torcedores gremistas: 
— Na apresentação, eu falei que não vou usar nada com a roupa azul. Isso foi a primeira coisa que me falaram — conta, rindo. 
— Toda a roupa azul, tirei. 
O argentino conta que desde sua chegada escutou sobre o Gre-Nal: 
— É uma loucura pelo Inter. Eu só escutava Gre-Nal, Gre-Nal, "tem que jogar bem e ganhar", como na Argentina, com River e Boca — compara o ex-jogador do River. 
— A gente a vive a loucura das pessoas mas com limites. 
Comentando sobre suas características, ele diz que nunca deixa de pedir a bola, jogando bem ou mal: 
— É o que eu escuto da imprensa argentina. Mas eu não gosto de falar (de mim), desconversou. 
O argentino afirmou que sentiu 
diferença no futebol jogado na Europa: 
— É um futebol mais duro na Europa, mudei um pouco 
a forma de jogar. Na Argentina estamos acostumados a jogar com um jogador atrás dos atacantes — afirmou, lembrando que o mesmo não ocorre na Alemanha, tampouco na Inglaterra.
— Tive que jogar mais pela esquerda. Atrás dos atacantes é a posição que joguei sempre, e onde eu jogo melhor. 
Segundo D´Alessandro, no futebol argentino, jogador tem sempre responsabilidade de ajudar a equipe, mas o técnico deixa um pouco mais livre quem trabalha atrás dos atacantes, "senão é muito difícil chegar ao gol". 
Ele foi questionado se pode ser segundo atacante junto com Nilmar, ou se terá mais dificuldade se for colocado mais à frente: 
— Posso, se a equipe se movimenta bem. Jogar com um só atacante não que dizer que a equipe não faça gols, ou que seja menos ofensiva, o importante é que ela esteja bem armada. Isso decidirá o técnico. 
O meia já planeja como vai jogar com Nilmar: 
— Nilmar é um excelente 
jogador, com um futuro muito grande, é muito rápido, tem que mirar e passar a 
bola. Para um jogador que joga atrás do Nilmar é muito fácil: tem dar um passe para que ele corra. E tem que ser rápido. 
Sobre a presença de cinco jogadores canhotos, D´Alessandro se prontificou: 
— Eu também posso jogar pelo lado direito — afirmou, lembrando que jogou dessa forma no Zaragoza por um ano e meio. 
O jogador, entretanto, brincou que seu pé direito só serve para caminhar.
Sobre a características dos jogadores argentinos e brasileiros, ele afirma que os primeiros têm personalidade forte e que a transmitem no campo: 
— Mas eu também adoro o jogador brasileiro, ele tem algo que o argentino não tem, que é alegre, tem uma forma alegre de jogar e viver e está sempre se divertindo em campo — pondera.