Mais do que planejar, idealizar e criar projetos, o objetivo da Arquitetura e Urbanismo é a organizar espaços. O arquiteto planeja o uso desses espaços para fins residenciais, industriais e comerciais. Utiliza diversos recursos técnicos e artísticos para elaboraração desses projetos arquitetônicos.

O arquiteto Leonardo Poletti atua há 4 anos na área e conta que o conceito básico da profissão é a organização de espaços.

— O conceito da organização vai desde a arquitetura de interiores até o planejamento territorial de grandes áreas — diz.

Poletti trabalha na área de planejamento urbano, que são planos diretores e de habitação. Ele explica que divide seu dia entre contato com clientes,  reuniões com as equipes internas e externas de projetos.

— Atualmente, além de planejamento urbano, realizo projetos de arquitetura corporativa, como escolas, bibliotecas e laboratórios. Viajo bastante a trabalho, dessa maneira acabo não tendo uma rotina. Visito locais de futuras obras e as construções em execução e, no caso dos projetos de planejamento territorial, é fundamental a participação em audiências públicas e visitas técnicas para levantar as necessidades da população que será beneficiada pelos planos — destaca.

O arquiteto revela que a opção do curso não foi tomada com absoluta certeza quando prestou vestibular:

— Sempre gostei de acompanhar as obras sendo edificadas, o processo desde as fundações até a cobertura, mas isso não me dava a certeza de que a arquitetura seria o mais indicado pra mim. Entrei na universidade sem convicção de que essa seria a profissão que desempenharia com satisfação e competência. Só me senti seguro após realizar as disciplinas que cursei no primeiro ano da faculdade. Foi aí que percebi que havia acertado na escolha.

As áreas em que há maior concentração de profissionais são o desenvolvimento de projetos para edificações comerciais, industriais e residenciais, uni e multifamiliares, além da arquitetura de interiores que, muitas vezes, é confundida com decoração. Para estas áreas, o mercado de trabalho se apresenta saturado.

— Existe campo e uma grande demanda por arquitetos e urbanistas que pensem e proponham soluções satisfatórias para os conflitos dos grandes centros urbanos como trânsito, carência de áreas de lazer, falta de segurança, baixa qualidade paisagística e ambiental. Também há demanda de profissionais que trabalhem com a conservação do patrimônio histórico, arquitetura efêmera, edificações e soluções urbanas ambientalmente sustentáveis — salienta.

Segundo Poletti, o grande fato relacionado à arquitetura no Brasil no momento é a criação de um conselho próprio, o Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU), que começa sua atuação no início do próximo ano. Para ele, a Arquitetura deve receber o real valor que ela possui, tanto nos aspectos de rentabilidade dos profissionais, como na compreensão pela sociedade de o quanto é importante o seu papel para contribuir com soluções para a melhora na qualidade de vida a todos.